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Operação resgata 215 trabalhadores em condições análogas à escravidão pelo país
'Lista suja' do trabalho escravo é atualizada com 159 novos nomes Dados preliminares do Ministério Público do Trabalho (MPT) mostram que pelo menos 215 trabalhadores foram resgatados de situações análogas à escravidão em todo o país entre 15 de setembro e 15 de outubro. Os dados fazem parte de um levantamento inicial da Operação Resgate V e podem ter novas atualizações (entenda mais abaixo). 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça No total foram conduzidas 47 operações em 19 estados e no Distrito Federal. Minas Gerais concentrou o maior número de ações (9), seguido por São Paulo (6) e Pará (4). As fiscalizações resultaram no pagamento de mais de R$ 1,4 milhão em indenizações por danos morais individuais e coletivos. (veja números abaixo) Operação Resgate V Arte/g1 A iniciativa é realizada pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) em conjunto com o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Ministério Público Federal (MPF), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Federal (PF). Os dados, coletados até a última sexta-feira (17), não detalham o número de trabalhadores resgatados por estado. Isso porque os auditores-fiscais do Trabalho, vinculados ao Ministério do Trabalho, estão se recusando a registrar as informações no sistema oficial do governo federal. A categoria tem feito um boicote aos dados desde setembro, em represália à decisão do ministro do trabalho, Luiz Marinho, de assumir diretamente a investigação sobre o caso de trabalho escravo envolvendo a JBS Aves (relembre o caso). Segundo os auditores, a medida compromete a integridade da fiscalização no país. Assim, os números divulgados pelo MTP ainda são preliminares e não refletem a totalidade dos casos. A expectativa é que os dados sejam atualizados à medida que os relatórios forem incluídos. Em nome enviada ao g1, o Ministério do Trabalho disse que "por meio da Secretaria de Inspeção do Trabalho participou da Operação V, porém os dados finais ainda estão em fase de compilação". Situações encontradas Durante as inspeções foram constatadas graves violações de direitos humanos, como moradia em barracos de lona e madeira, adolescentes submetidos a trabalho escravo, jornadas exaustivas e vítimas que precisavam pagar ao empregador pelo próprio traslado. O coordenador nacional de Erradicação do Trabalho Escravo e Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas (Conaete), Luciano Aragão, afirmou que as operações revelam a gravidade e a persistência do trabalho escravo no país. “Encontramos situações de extrema vulnerabilidade social, com trabalhadores vivendo em condições degradantes, sem acesso aos direitos mais básicos”, afirmou, destacando que a integração entre os órgãos públicos foi essencial para garantir o resgate das vítimas, responsabilizar os empregadores e corrigir irregularidades, prevenindo novas violações. Uma das ações, realizada no Maranhão, resgatou dez trabalhadores em situação análoga à escravidão em três propriedades rurais. No município de Monção, um vaqueiro atuava há cerca de 15 anos sem qualquer direito trabalhista. Ele vivia com a família em uma casa de taipa sem banheiro e sem água potável, exposto a riscos como cobras venenosas. Situação semelhante foi registrada em Pinheiro, também no Maranhão, onde um homem de 57 anos trabalhou por mais de uma década sem salário fixo, recebendo apenas bezerros como pagamento e vivendo em condições precárias, sem banheiro nem acesso à água potável. Na capital paulista, 16 trabalhadores bolivianos foram resgatados em uma oficina de costura, onde enfrentavam jornada exaustiva, condições insalubres e endividamento imposto pelo empregador. Entre as vítimas, uma mulher foi obrigada a voltar ao trabalho uma semana após dar à luz. Em Capão Bonito, no interior de São Paulo, três trabalhadores foram resgatados de uma carvoaria em condições precárias, sem registro, equipamentos de segurança ou áreas de descanso. Eles viviam em alojamentos insalubres e isolados, com acesso restrito à cidade. Em Itapeva (SP), no Vale do Ribeira, um jovem de 18 anos foi resgatado em uma fazenda de hortaliças, onde bebia água de córrego usado por cavalos. O alojamento era improvisado e sem infraestrutura básica. Já em Nova Maringá, Mato Grosso, ao menos 17 trabalhadores, incluindo um adolescente, foram resgatados em uma fazenda de extração de madeira. Os empregados viviam em barracos de lona, sem água potável, alimentação adequada ou salário. A empresa responsável pela contratação dos funcionários pertence a Taiany França Zimpel, eleita Miss Mato Grosso 2024. Em nota, ela afirmou que a empresa tinha apenas um contrato de prestação de serviços com a fazenda, e que a mão de obra havia sido terceirizada (relembre o caso). Dez trabalhadores são resgatados de condições análogas à escravidão no Maranhão Divulgação/ Ministério do Trabalho O que é trabalho análogo à escravidão? O Código Penal define como trabalho análogo à escravidão aquele que é "caracterizado pela submissão de alguém a trabalhos forçados ou a jornada exaustiva, quer sujeitando-o a condições degradantes de trabalho, quer restringindo, por qualquer meio, sua locomoção em razão de dívida contraída com o empregador ou seu preposto". Todo trabalhador resgatado por um auditor-fiscal do Trabalho tem, por lei, direito ao benefício chamado Seguro-Desemprego do Trabalhador Resgatado (SDTR), que é pago em três parcelas no valor de um salário-mínimo cada. Esse benefício, somado à garantia dos direitos trabalhistas cobrados dos empregadores, busca oferecer condições básicas para que os trabalhadores possam recomeçar sua vida após sofrer uma grave violação de direitos. Além disso, a pessoa resgatada é encaminhada à rede de Assistência Social, onde recebe acolhimento e é direcionada para as políticas públicas mais adequadas ao seu perfil e necessidades específicas. ⚠️ COMO DENUNCIAR? O Sistema Ipê, disponível pela internet, é um canal específico disponibilizado pela Organização Internacional do Trabalho para denúncias de trabalho análogo à escravidão. O denunciante não precisa se identificar, basta acessar o sistema e inserir o maior número possível de informações. A ideia é que a fiscalização possa, a partir dessas informações do denunciante, analisar se o caso de fato configura trabalho análogo à escravidão e realizar as verificações no local. 'Lista suja' do trabalho escravo é atualizada com 159 novos nomes; veja quem entrou Mais de 500 trabalhadores são resgatados de condições análogas à escravidão em canteiro de obras Sobrevivente de trabalho escravo em vinícolas vira agente fiscal e ampara outras vítimas Saiba o que é trabalho escravo
Wed, 22 Oct 2025 07:02:43 -0000
'Lista suja' do trabalho escravo é atualizada com 159 novos nomes Dados preliminares do Ministério Público do Trabalho (MPT) mostram que pelo menos 215 trabalhadores foram resgatados de situações análogas à escravidão em todo o país entre 15 de setembro e 15 de outubro. Os dados fazem parte de um levantamento inicial da Operação Resgate V e podem ter novas atualizações (entenda mais abaixo). 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça No total foram conduzidas 47 operações em 19 estados e no Distrito Federal. Minas Gerais concentrou o maior número de ações (9), seguido por São Paulo (6) e Pará (4). As fiscalizações resultaram no pagamento de mais de R$ 1,4 milhão em indenizações por danos morais individuais e coletivos. (veja números abaixo) Operação Resgate V Arte/g1 A iniciativa é realizada pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) em conjunto com o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Ministério Público Federal (MPF), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Federal (PF). Os dados, coletados até a última sexta-feira (17), não detalham o número de trabalhadores resgatados por estado. Isso porque os auditores-fiscais do Trabalho, vinculados ao Ministério do Trabalho, estão se recusando a registrar as informações no sistema oficial do governo federal. A categoria tem feito um boicote aos dados desde setembro, em represália à decisão do ministro do trabalho, Luiz Marinho, de assumir diretamente a investigação sobre o caso de trabalho escravo envolvendo a JBS Aves (relembre o caso). Segundo os auditores, a medida compromete a integridade da fiscalização no país. Assim, os números divulgados pelo MTP ainda são preliminares e não refletem a totalidade dos casos. A expectativa é que os dados sejam atualizados à medida que os relatórios forem incluídos. Em nome enviada ao g1, o Ministério do Trabalho disse que "por meio da Secretaria de Inspeção do Trabalho participou da Operação V, porém os dados finais ainda estão em fase de compilação". Situações encontradas Durante as inspeções foram constatadas graves violações de direitos humanos, como moradia em barracos de lona e madeira, adolescentes submetidos a trabalho escravo, jornadas exaustivas e vítimas que precisavam pagar ao empregador pelo próprio traslado. O coordenador nacional de Erradicação do Trabalho Escravo e Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas (Conaete), Luciano Aragão, afirmou que as operações revelam a gravidade e a persistência do trabalho escravo no país. “Encontramos situações de extrema vulnerabilidade social, com trabalhadores vivendo em condições degradantes, sem acesso aos direitos mais básicos”, afirmou, destacando que a integração entre os órgãos públicos foi essencial para garantir o resgate das vítimas, responsabilizar os empregadores e corrigir irregularidades, prevenindo novas violações. Uma das ações, realizada no Maranhão, resgatou dez trabalhadores em situação análoga à escravidão em três propriedades rurais. No município de Monção, um vaqueiro atuava há cerca de 15 anos sem qualquer direito trabalhista. Ele vivia com a família em uma casa de taipa sem banheiro e sem água potável, exposto a riscos como cobras venenosas. Situação semelhante foi registrada em Pinheiro, também no Maranhão, onde um homem de 57 anos trabalhou por mais de uma década sem salário fixo, recebendo apenas bezerros como pagamento e vivendo em condições precárias, sem banheiro nem acesso à água potável. Na capital paulista, 16 trabalhadores bolivianos foram resgatados em uma oficina de costura, onde enfrentavam jornada exaustiva, condições insalubres e endividamento imposto pelo empregador. Entre as vítimas, uma mulher foi obrigada a voltar ao trabalho uma semana após dar à luz. Em Capão Bonito, no interior de São Paulo, três trabalhadores foram resgatados de uma carvoaria em condições precárias, sem registro, equipamentos de segurança ou áreas de descanso. Eles viviam em alojamentos insalubres e isolados, com acesso restrito à cidade. Em Itapeva (SP), no Vale do Ribeira, um jovem de 18 anos foi resgatado em uma fazenda de hortaliças, onde bebia água de córrego usado por cavalos. O alojamento era improvisado e sem infraestrutura básica. Já em Nova Maringá, Mato Grosso, ao menos 17 trabalhadores, incluindo um adolescente, foram resgatados em uma fazenda de extração de madeira. Os empregados viviam em barracos de lona, sem água potável, alimentação adequada ou salário. A empresa responsável pela contratação dos funcionários pertence a Taiany França Zimpel, eleita Miss Mato Grosso 2024. Em nota, ela afirmou que a empresa tinha apenas um contrato de prestação de serviços com a fazenda, e que a mão de obra havia sido terceirizada (relembre o caso). Dez trabalhadores são resgatados de condições análogas à escravidão no Maranhão Divulgação/ Ministério do Trabalho O que é trabalho análogo à escravidão? O Código Penal define como trabalho análogo à escravidão aquele que é "caracterizado pela submissão de alguém a trabalhos forçados ou a jornada exaustiva, quer sujeitando-o a condições degradantes de trabalho, quer restringindo, por qualquer meio, sua locomoção em razão de dívida contraída com o empregador ou seu preposto". Todo trabalhador resgatado por um auditor-fiscal do Trabalho tem, por lei, direito ao benefício chamado Seguro-Desemprego do Trabalhador Resgatado (SDTR), que é pago em três parcelas no valor de um salário-mínimo cada. Esse benefício, somado à garantia dos direitos trabalhistas cobrados dos empregadores, busca oferecer condições básicas para que os trabalhadores possam recomeçar sua vida após sofrer uma grave violação de direitos. Além disso, a pessoa resgatada é encaminhada à rede de Assistência Social, onde recebe acolhimento e é direcionada para as políticas públicas mais adequadas ao seu perfil e necessidades específicas. ⚠️ COMO DENUNCIAR? O Sistema Ipê, disponível pela internet, é um canal específico disponibilizado pela Organização Internacional do Trabalho para denúncias de trabalho análogo à escravidão. O denunciante não precisa se identificar, basta acessar o sistema e inserir o maior número possível de informações. A ideia é que a fiscalização possa, a partir dessas informações do denunciante, analisar se o caso de fato configura trabalho análogo à escravidão e realizar as verificações no local. 'Lista suja' do trabalho escravo é atualizada com 159 novos nomes; veja quem entrou Mais de 500 trabalhadores são resgatados de condições análogas à escravidão em canteiro de obras Sobrevivente de trabalho escravo em vinícolas vira agente fiscal e ampara outras vítimas Saiba o que é trabalho escravo
Wed, 22 Oct 2025 07:02:43 -0000
'Uber do Boi': veja aposta da JBS que já transportou cerca de 9 milhões de animais
'Uber' para gado: Empresa tem aplicativo de transporte de gado Com cerca de 9 milhões de animais transportados em cinco anos, a JBS Transportadora aposta na Uboi, uma plataforma que permite aos pecuaristas solicitar e acompanhar o transporte de animais em tempo real. O aplicativo atende corridas em Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e São Paulo. ✅ Clique e siga o canal do g1 GO no WhatsApp Fundada em Anápolis, região central de Goiás, a JBS pertence aos irmãos Wesley e Joesley Batista. O aplicativo funciona de forma parecida com as versões usadas por pessoas para se locomover nas cidades. Nele, o produtor pode solicitar o transporte de animais, informando origem, destino e quantidade de cabeças. O sistema calcula o tipo de veículo adequado e disponibiliza motoristas para o serviço. Conforme a Uboi, a ideia é facilitar o transporte de gado vivo entre fazendas, leilões e frigoríficos. Atualmente, a empresa tem mais de 6 mil motoristas cadastrados e já realizou cerca de 9 mil viagens. Em entrevista ao g1, Gilberto Marques Neto, presidente da Sociedade Goiana de Pecuária e Agricultura (SGPA), disse que soluções para reduzir os custos dos pecuaristas são bem-vindas. Ele pondera que também é importante dar oportunidade a motoristas de caminhões de diferentes tamanhos que já trabalham no ramo. “Aquilo que vem para gerar economia é bom. Queremos reduzir os custos”, disse o presidente. LEIA TAMBÉM: 'Ouro goiano', Lago Azul e sítio arqueológico de 700 anos: conheça cidade conhecida pela produção de açafrão, em Goiás Conheça conjunto de cachoeiras com águas azul-turquesa que fica em cidade conhecida como a ‘Buenos Aires de Goiás’ Arquitetura de luxo e vinícola no condomínio: veja detalhes do projeto da nova casa da mãe de Marília Mendonça Empresa cria aplicativo de transporte para gado Reprodução/ Instagram Uboi Monitoramento da viagem Durante o trajeto, o transporte pode ser acompanhado em tempo real por meio de um sistema de rastreamento. O produtor consegue ver o status do embarque, a localização do caminhão e o momento da chegada ao destino. Segundo a JBS, todos os motoristas que operam pelo Uboi passam por treinamentos específicos e seguem protocolos de bem-estar animal, com monitoramento 24 horas. Antes das viagens, os caminhões passam por inspeções regulares e são equipados para reduzir o estresse dos animais durante o percurso. O aplicativo também contribui para a rastreabilidade do gado, reunindo informações sobre origem, destino e condições do transporte. 📱 Veja outras notícias da região no g1 Goiás.
Wed, 22 Oct 2025 07:02:23 -0000
'Uber' para gado: Empresa tem aplicativo de transporte de gado Com cerca de 9 milhões de animais transportados em cinco anos, a JBS Transportadora aposta na Uboi, uma plataforma que permite aos pecuaristas solicitar e acompanhar o transporte de animais em tempo real. O aplicativo atende corridas em Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e São Paulo. ✅ Clique e siga o canal do g1 GO no WhatsApp Fundada em Anápolis, região central de Goiás, a JBS pertence aos irmãos Wesley e Joesley Batista. O aplicativo funciona de forma parecida com as versões usadas por pessoas para se locomover nas cidades. Nele, o produtor pode solicitar o transporte de animais, informando origem, destino e quantidade de cabeças. O sistema calcula o tipo de veículo adequado e disponibiliza motoristas para o serviço. Conforme a Uboi, a ideia é facilitar o transporte de gado vivo entre fazendas, leilões e frigoríficos. Atualmente, a empresa tem mais de 6 mil motoristas cadastrados e já realizou cerca de 9 mil viagens. Em entrevista ao g1, Gilberto Marques Neto, presidente da Sociedade Goiana de Pecuária e Agricultura (SGPA), disse que soluções para reduzir os custos dos pecuaristas são bem-vindas. Ele pondera que também é importante dar oportunidade a motoristas de caminhões de diferentes tamanhos que já trabalham no ramo. “Aquilo que vem para gerar economia é bom. Queremos reduzir os custos”, disse o presidente. LEIA TAMBÉM: 'Ouro goiano', Lago Azul e sítio arqueológico de 700 anos: conheça cidade conhecida pela produção de açafrão, em Goiás Conheça conjunto de cachoeiras com águas azul-turquesa que fica em cidade conhecida como a ‘Buenos Aires de Goiás’ Arquitetura de luxo e vinícola no condomínio: veja detalhes do projeto da nova casa da mãe de Marília Mendonça Empresa cria aplicativo de transporte para gado Reprodução/ Instagram Uboi Monitoramento da viagem Durante o trajeto, o transporte pode ser acompanhado em tempo real por meio de um sistema de rastreamento. O produtor consegue ver o status do embarque, a localização do caminhão e o momento da chegada ao destino. Segundo a JBS, todos os motoristas que operam pelo Uboi passam por treinamentos específicos e seguem protocolos de bem-estar animal, com monitoramento 24 horas. Antes das viagens, os caminhões passam por inspeções regulares e são equipados para reduzir o estresse dos animais durante o percurso. O aplicativo também contribui para a rastreabilidade do gado, reunindo informações sobre origem, destino e condições do transporte. 📱 Veja outras notícias da região no g1 Goiás.
Wed, 22 Oct 2025 07:02:23 -0000
Oportunidade: confira as 124 vagas de emprego em Petrolina e Araripina
As vagas são disponibilizadas diariamente pela Agência do Trabalho de Pernambuco. Divulgação / SDE A Agência de Trabalho de Pernambuco divulgou as vagas de emprego disponibilizadas para o município de Petrolina e Araripina, no Sertão de Pernambuco, nesta quarta-feira (22). As oportunidades são atualizadas diariamente pelo g1 Petrolina. Os interessados nas oportunidades podem entrar em contato com a Sedepe através da internet. O atendimento na agência Petrolina é na Agência de Trabalho, que funciona no Expresso Cidadão. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Concursos no WhatsApp. 📱:Baixe o app do g1 para ver notícias de Petrolina e Região em tempo real e de graça Consultora de Carreira explica como voltar à ativa profissional com segurança Leia também: Agência do Trabalho em Petrolina funciona no Expresso Cidadão Petrolina Contato: (87) 3866 - 6540 e (87) 9 9180-4065 Vagas disponíveis Araripina Contato: (87) 3873 - 8381 Vagas disponíveis Vídeos: mais assistidos do Sertão de PE
Wed, 22 Oct 2025 07:02:18 -0000
As vagas são disponibilizadas diariamente pela Agência do Trabalho de Pernambuco. Divulgação / SDE A Agência de Trabalho de Pernambuco divulgou as vagas de emprego disponibilizadas para o município de Petrolina e Araripina, no Sertão de Pernambuco, nesta quarta-feira (22). As oportunidades são atualizadas diariamente pelo g1 Petrolina. Os interessados nas oportunidades podem entrar em contato com a Sedepe através da internet. O atendimento na agência Petrolina é na Agência de Trabalho, que funciona no Expresso Cidadão. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Concursos no WhatsApp. 📱:Baixe o app do g1 para ver notícias de Petrolina e Região em tempo real e de graça Consultora de Carreira explica como voltar à ativa profissional com segurança Leia também: Agência do Trabalho em Petrolina funciona no Expresso Cidadão Petrolina Contato: (87) 3866 - 6540 e (87) 9 9180-4065 Vagas disponíveis Araripina Contato: (87) 3873 - 8381 Vagas disponíveis Vídeos: mais assistidos do Sertão de PE
Wed, 22 Oct 2025 07:02:18 -0000
Locutor Jésus diz que foi agredido por padre após criticar restauração de pintura sacra: 'Lambuzou uma obra de arte'
Locutor chamado Jésus diz ter sido agredido por padre durante programa ao vivo em Bambuí O locutor Jésus de Carvalho Chaves, de 83 anos, afirma que foi agredido pelo padre Edson Augusto Teixeira, de 55, após críticas feitas à restauração da pintura de uma obra sacra da Paróquia Sant’Ana, em Bambuí, no Centro-Oeste de Minas. A discussão entre o comunicador e o sacerdote foi transmitida ao vivo em uma rádio da cidade. Ouça acima. "Ele 'lambuzou' uma obra de arte de um artista local, o Jésus Chaves Martins. Ele tem 93 anos e pinta até hoje. Em 1974, ele fez três esboços e mostrou para o padre da época, que escolheu uma das obras, que foi pintada no altar principal da Paróquia Sant’Ana: a Santa Ceia. E esse padre [o Edson] chegou sem consultar ninguém, arrumou um grafiteiro, ou um tatuador, e coloriu por cima da obra", explicou o radialista. O radialista apresentava o programa “Domingão do Jesão”, no último domingo (19), quando o padre invadiu o estúdio da Rádio Canastra FM 89.1. O g1 não conseguiu contato com Edson até a última atualização desta reportagem. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Centro-Oeste de Minas no WhatsApp A Diocese de Luz, responsável pela Paróquia Sant’Ana, informou que acompanha a apuração do caso. Enquanto isso, confirmou que Edson Augusto continua no ofício de pároco da paróquia. Já a Rádio Canastra FM declarou que não aceita qualquer tipo de agressão a seus comunicadores e reforçou o compromisso com a livre expressão e opinião. Veja as notas na íntegra mais abaixo. Santa Ceia pintada por artista bambuiense em 1974; obra passou por restauração e foi 'colorida' em 2022 Initial plugin text Críticas de Jésus às mudanças feitas pelo padre Para o comunicador, a restauração da pintura da Santa Ceia, em 2022, teria descaracterizado a obra de arte original, feita em 1974. Veja o antes e depois da pintura acima. Ainda segundo Jésus, ele também criticou a restauração de uma imagem sacra. “Tem também o problema da imagem da Santana com a filha, Nossa Senhora menina. É uma imagem grandona dela sentada em um banco, e esse padre pegou a imagem, colocou no porta-malas de um carro e foi parar lá perto de São João del-Rei, onde refizeram uma escultura que não tem nada a ver com a imagem original, nem as cores, nem nada", afirmou Jésus. De acordo com a Polícia Militar (PM), após a agressão, o radialista procurou o quartel e pediu o registro da ocorrência. Ele teve ferimentos leves. Os militares não conseguiram encontrar o padre para que ele explicasse o ocorrido. Discussão foi transmitida ao vivo Segundo consta no boletim da PM, o padre entrou no estúdio sem autorização e empurrou o radialista, que caiu e machucou o braço esquerdo e a cabeça. Jésus contou que, durante a discussão, foi novamente empurrado e acabou caindo sobre um sofá. Uma testemunha presenciou toda a cena. Durante a confusão, a pulseira do relógio do locutor se rompeu. Jésus procurou atendimento médico no Hospital Nossa Senhora do Brasil por conta própria. A Polícia Civil informou que o caso é tratado como infração de menor potencial ofensivo e que o procedimento cabível é um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO). Por se tratar de lesão corporal leve, a investigação só será aberta se o radialista formalizar a denúncia. Caso haja representação, o processo deve tramitar no Juizado Especial Criminal. LEIA TAMBÉM: Quem são o padre e o locutor que brigaram durante programa de rádio em MG VÍDEO: Após ganhar livro de Adélia Prado, Romeu Zema pergunta se premiada escritora trabalhava na rádio onde ele concedia entrevista VÍDEO mostra decoradora e irmão sendo atacados a facadas por dono de espaço de festas Padre Edson Augusto Teixeira (à esquerda) e o radialista Jésus de Carvalho Chaves (à direita) Reprodução/Diocese de Luz - Reprodução/YouTube O que diz a Rádio Canastra FM "A Rádio Canastra FM 89.1 vem a público mostrar nossa indignação com o acontecido no dia 19 de outubro. Quando o padre da Paróquia Sant’Ana, não conformado com os comentários do comunicador Jésus de Carvalho, ao invés de buscar os meios certos, como direito de resposta ou até mesmo a Justiça, invadiu o estúdio da emissora e o agrediu com palavras de baixo calão e até mesmo fisicamente, em uma atitude descontrolada, onde um senhor de 80 anos estava apenas usando o seu direito de expressão. A direção da emissora mostra total apoio ao comunicador e afirma que continuamos com nossa missão de informar toda a população sobre o que acontece em nossa cidade. Afirmamos também que qualquer um não satisfeito tem seu espaço aberto na emissora para seu direito de resposta. Não vamos aceitar, em momento algum, que nossos comunicadores voltem a ser agredidos. Nós da Canastra FM sempre lutamos pela livre expressão e opinião". O que diz a Diocese de Luz "A Diocese de Luz informa que está tomando ciência do fato ocorrido neste domingo (19), em Bambuí (MG), envolvendo o Revmo. Pe. Edson Augusto Teixeira, e acompanhará a apuração com a seriedade que o caso exige. Até o momento, não há qualquer posicionamento conclusivo, uma vez que os acontecimentos ainda estão sendo verificados. É importante destacar que, ao longo de seu ministério, o Revmo. Pe. Edson sempre pautou sua atuação por uma conduta ponderada, respeitosa e pastoral. No entanto, diante das informações veiculadas, a Diocese se compromete a acompanhar o processo e, se necessário, tomar as devidas providências conforme orienta o Código de Direito Canônico e as Diretrizes Pastorais e Sacramentais da Diocese de Luz. Reiteramos nosso compromisso com a verdade, com a ética e com o respeito a todas as partes envolvidas, mantendo sempre o diálogo aberto e a transparência. Dado e passado na Cúria Diocesana de Luz, aos vinte dias do mês de outubro do ano de dois mil e vinte e cinco (20/10/2025)". Briga entre padre e locutor de rádio vira caso de polícia em Bambuí VÍDEOS: veja tudo sobre o Centro-Oeste de Minas
Wed, 22 Oct 2025 07:02:10 -0000
Locutor chamado Jésus diz ter sido agredido por padre durante programa ao vivo em Bambuí O locutor Jésus de Carvalho Chaves, de 83 anos, afirma que foi agredido pelo padre Edson Augusto Teixeira, de 55, após críticas feitas à restauração da pintura de uma obra sacra da Paróquia Sant’Ana, em Bambuí, no Centro-Oeste de Minas. A discussão entre o comunicador e o sacerdote foi transmitida ao vivo em uma rádio da cidade. Ouça acima. "Ele 'lambuzou' uma obra de arte de um artista local, o Jésus Chaves Martins. Ele tem 93 anos e pinta até hoje. Em 1974, ele fez três esboços e mostrou para o padre da época, que escolheu uma das obras, que foi pintada no altar principal da Paróquia Sant’Ana: a Santa Ceia. E esse padre [o Edson] chegou sem consultar ninguém, arrumou um grafiteiro, ou um tatuador, e coloriu por cima da obra", explicou o radialista. O radialista apresentava o programa “Domingão do Jesão”, no último domingo (19), quando o padre invadiu o estúdio da Rádio Canastra FM 89.1. O g1 não conseguiu contato com Edson até a última atualização desta reportagem. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Centro-Oeste de Minas no WhatsApp A Diocese de Luz, responsável pela Paróquia Sant’Ana, informou que acompanha a apuração do caso. Enquanto isso, confirmou que Edson Augusto continua no ofício de pároco da paróquia. Já a Rádio Canastra FM declarou que não aceita qualquer tipo de agressão a seus comunicadores e reforçou o compromisso com a livre expressão e opinião. Veja as notas na íntegra mais abaixo. Santa Ceia pintada por artista bambuiense em 1974; obra passou por restauração e foi 'colorida' em 2022 Initial plugin text Críticas de Jésus às mudanças feitas pelo padre Para o comunicador, a restauração da pintura da Santa Ceia, em 2022, teria descaracterizado a obra de arte original, feita em 1974. Veja o antes e depois da pintura acima. Ainda segundo Jésus, ele também criticou a restauração de uma imagem sacra. “Tem também o problema da imagem da Santana com a filha, Nossa Senhora menina. É uma imagem grandona dela sentada em um banco, e esse padre pegou a imagem, colocou no porta-malas de um carro e foi parar lá perto de São João del-Rei, onde refizeram uma escultura que não tem nada a ver com a imagem original, nem as cores, nem nada", afirmou Jésus. De acordo com a Polícia Militar (PM), após a agressão, o radialista procurou o quartel e pediu o registro da ocorrência. Ele teve ferimentos leves. Os militares não conseguiram encontrar o padre para que ele explicasse o ocorrido. Discussão foi transmitida ao vivo Segundo consta no boletim da PM, o padre entrou no estúdio sem autorização e empurrou o radialista, que caiu e machucou o braço esquerdo e a cabeça. Jésus contou que, durante a discussão, foi novamente empurrado e acabou caindo sobre um sofá. Uma testemunha presenciou toda a cena. Durante a confusão, a pulseira do relógio do locutor se rompeu. Jésus procurou atendimento médico no Hospital Nossa Senhora do Brasil por conta própria. A Polícia Civil informou que o caso é tratado como infração de menor potencial ofensivo e que o procedimento cabível é um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO). Por se tratar de lesão corporal leve, a investigação só será aberta se o radialista formalizar a denúncia. Caso haja representação, o processo deve tramitar no Juizado Especial Criminal. LEIA TAMBÉM: Quem são o padre e o locutor que brigaram durante programa de rádio em MG VÍDEO: Após ganhar livro de Adélia Prado, Romeu Zema pergunta se premiada escritora trabalhava na rádio onde ele concedia entrevista VÍDEO mostra decoradora e irmão sendo atacados a facadas por dono de espaço de festas Padre Edson Augusto Teixeira (à esquerda) e o radialista Jésus de Carvalho Chaves (à direita) Reprodução/Diocese de Luz - Reprodução/YouTube O que diz a Rádio Canastra FM "A Rádio Canastra FM 89.1 vem a público mostrar nossa indignação com o acontecido no dia 19 de outubro. Quando o padre da Paróquia Sant’Ana, não conformado com os comentários do comunicador Jésus de Carvalho, ao invés de buscar os meios certos, como direito de resposta ou até mesmo a Justiça, invadiu o estúdio da emissora e o agrediu com palavras de baixo calão e até mesmo fisicamente, em uma atitude descontrolada, onde um senhor de 80 anos estava apenas usando o seu direito de expressão. A direção da emissora mostra total apoio ao comunicador e afirma que continuamos com nossa missão de informar toda a população sobre o que acontece em nossa cidade. Afirmamos também que qualquer um não satisfeito tem seu espaço aberto na emissora para seu direito de resposta. Não vamos aceitar, em momento algum, que nossos comunicadores voltem a ser agredidos. Nós da Canastra FM sempre lutamos pela livre expressão e opinião". O que diz a Diocese de Luz "A Diocese de Luz informa que está tomando ciência do fato ocorrido neste domingo (19), em Bambuí (MG), envolvendo o Revmo. Pe. Edson Augusto Teixeira, e acompanhará a apuração com a seriedade que o caso exige. Até o momento, não há qualquer posicionamento conclusivo, uma vez que os acontecimentos ainda estão sendo verificados. É importante destacar que, ao longo de seu ministério, o Revmo. Pe. Edson sempre pautou sua atuação por uma conduta ponderada, respeitosa e pastoral. No entanto, diante das informações veiculadas, a Diocese se compromete a acompanhar o processo e, se necessário, tomar as devidas providências conforme orienta o Código de Direito Canônico e as Diretrizes Pastorais e Sacramentais da Diocese de Luz. Reiteramos nosso compromisso com a verdade, com a ética e com o respeito a todas as partes envolvidas, mantendo sempre o diálogo aberto e a transparência. Dado e passado na Cúria Diocesana de Luz, aos vinte dias do mês de outubro do ano de dois mil e vinte e cinco (20/10/2025)". Briga entre padre e locutor de rádio vira caso de polícia em Bambuí VÍDEOS: veja tudo sobre o Centro-Oeste de Minas
Wed, 22 Oct 2025 07:02:10 -0000
Atrasos e descontinuidade política: o que se sabe sobre os semáforos inteligentes em Ribeirão Preto
Motoristas aguardam semáforo abrir na Avenida Independência em Ribeirão Preto, SP Cacá Trovó/EPTV Anunciado com a promessa de tornar Ribeirão Preto (SP) uma cidade conectada e com um trânsito mais seguro, o sistema inteligente de semáforos pode se tornar ineficiente na maior parte do município. Dividido em diferentes etapas que custariam mais de R$ 120 milhões ao município, o projeto foi marcado por atrasos e problemas técnicos na implementação da primeira fase na gestão anterior e, mais recentemente, por uma descontinuidade no atual comando da Prefeitura. Por um lado, a atual fase, referente ao sistema norte-sul dos corredores de ônibus, avaliada em mais de R$ 20 milhões e ainda que em execução, foi prejudicada por atrasos e problemas técnicos, segundo autoridades ouvidas em uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) sobre o caso na Câmara. ✅Clique aqui para seguir o canal do g1 Ribeirão e Franca no WhatsApp Por outro lado, a segunda fase, que contemplaria o eixo leste-oeste dos corredores, não foi iniciada, porque, logo após a sucessão de mandato, em janeiro, a nova administração suspendeu uma licitação de R$ 34,8 milhões que havia sido lançada em 2024. Esta semana, a Prefeitura confirmou que optou por não dar continuidade ao projeto sob a justificativa de que ele teve problemas de execução na primeira fase. Uma terceira etapa, a maior de todas e avaliada em R$ 66 milhões, chegou a ser projetada por R$ 1,4 milhão, mas não chegou a ser licitada. Diante desse cenário, mesmo que a primeira etapa do ITS seja concluída, os semáforos inteligentes podem funcionar apenas em parte do trânsito de Ribeirão Preto, sem perspectiva de contemplar outros trechos. A seguir, entenda o que se sabe sobre o sistema inteligente de semáforos: O que é o sistema inteligente de semáforos? O sistema inteligente de semáforos é um conjunto de equipamentos e softwares que, integrados, reúnem todas as informações necessárias para garantir que o trânsito seja mais rápido e seguro para automóveis e principalmente ônibus do transporte público. O sistema, chamado de ITS, conta com câmeras, sensores, semáforos adaptativos - mais modernos que os tradicionais, com temporizadores fixos - e painéis informativos digitais. Tudo isso é interligado por uma rede de cabos de fibra ótica a uma central de controle de operações (CCO) na RP Mobi, a empresa de transporte da cidade, responsável por tomar as decisões com base nas informações que chegam e que ficarão disponíveis em um grande painel com monitores mostrando em tempo real os diferentes pontos da cidade. Além de ajudar o município a organizar melhor os fluxos, o sistema também foi projetado para levar informações diretamente aos moradores, já que os dados também devem alimentar aplicativos de geolocalização e até autoridades como a Defesa Civil, para alertas, quando necessário. Semáforo vermelho Ribeirão Preto, SP Cacá Trovó/EPTV Para onde foi projetado? Quando foi anunciado, o projeto tinha o intuito de se integrar aos corredores de ônibus, tanto no eixo norte-sul, quanto no eixo leste-oeste e na região central, para modernizar as obras de mobilidade urbana de Ribeirão Preto. LEIA TAMBÉM Semáforos inteligentes: sistema fica comprometido com suspensão de nova licitação em Ribeirão Preto, diz ex-secretário Ribeirão Preto vai gastar R$ 20 milhões sem garantia de que sistema inteligente de semáforos vai funcionar, diz secretário CPI na Câmara vai investigar contrato de instalação de semáforos inteligentes em Ribeirão Preto, SP Obstrução de dutos para passagem de cabos pode ter atrasado sistema inteligente de semáforos em Ribeirão, diz diretor da RP Mobi Para isso, a gestão anterior dividiu a implementação em três etapas diferentes - ITS 1, 2 e 3 e, após a elaboração dos projetos executivos lançou duas licitações que, somadas, representavam mais de R$ 54 milhões. Os recursos, segundo a administração anterior, seriam financiados pela Caixa Econômica Federal. "O ITS foi desenvolvido como um projeto em etapas, conforme exigências técnicas e orçamentárias da Caixa Econômica Federal, responsável pelo financiamento e pela fiscalização das obras. O cronograma faseado foi definido por um grupo técnico formado pela Secretaria de Governo, Secretaria de Obras, RPMob (antiga Transerp), Administração e Procuradoria do Município — uma decisão técnica e institucional, e não política", informa a assessoria do ex-prefeito Duarte Nogueira. ✔Fase 1 É referente à implementação do sistema inteligente no corredor norte-sul, abrangendo avenidas como Cavalheiro Paschoal Innecchi, Mogiana e Presidente Vargas. Foi lançada pelo valor inicial de R$ 19,4 milhões em 2022 e está em andamento pelo valor de R$ 20,4 milhões. ✔Fase 2 É referente à implementação do sistema inteligente no corredor leste-oeste, abrangendo avenidas como Café, Dom Pedro, Saudade, Nove de Julho e Diederichsen. A licitação foi lançada por R$ 34,8 milhões em 2024, mas foi cancelada pela atual gestão. ✔Fase 3 O plano ainda teria uma terceira fase, a maior e mais cara de todas, para modernizar os corredores de ônibus na região central, bem como avenidas Costábile Romano, Castelo Branco, Coronel Fernando Ferreira Leite, Francisco Junqueira, Jerônimo Gonçalves e Nove de Julho, além de garantir a interligação do centro de controle de operações (CCO) à Avenida Dom Pedro I. Também previa 15 sinalizações luminosas de grande porte para orientação veicular. O projeto executivo foi elaborado em outubro de 2024 ao custo de R$ 1,4 milhão, mas a licitação das obras, avaliada em R$ 66 milhões, não chegou a ser lançada por falta de previsão orçamentária na gestão passada. O que aconteceu com a primeira fase do projeto? CPI dos Semáforos: superintendente da RP Mobi presta depoimento em Ribeirão Preto A fase 1 do projeto, referente aos corredores norte-sul, foi licitada e contratada por R$ 19,4 milhões em 2022. O vencedor do processo foi o Consórcio ITS, formado pela Sigma Engenharia, Kapsch TraffcCom e Sitran Sinalização de Trânsito, contratados para entregar tudo até maio de 2025 com a instalação de 90 equipamentos em cruzamentos e 30 controladores. O contrato foi atualizado duas vezes, e o projeto atualmente está orçado em R$ 20,4 milhões. Por conta do atraso na entrega, ele passou a ser alvo de uma CPI na Câmara. A comissão, até agora, apurou que, devido a uma obstrução em dutos que seriam destinados à passagem dos cabos de fibra ótica, parte das instalações não foi concluída. Ouvido pelos parlamentares, o atual secretário de Obras Públicas, Walter Telli, disse que o problema vinha sendo tratado, mas não foi resolvido desde a gestão passada. Isso porque a empresa que construiu um dos trechos do corredor de ônibus, a JZ Engenharia, teria se recusado a corrigir o problema na Avenida Thomaz Alberto Whatelly, alegando ter sido avisada muito tempo após entregar a obra. Telli também confirmou que, mesmo sabendo desse problema, a atual gestão não teria como questionar o contrato com o Consórcio ITS, pois ele está sendo cumprido regularmente. Estima-se que mais de R$ 15 milhões já foram pagos à empresa, segundo o cronograma de instalações. Apesar disso, o secretário disse que, sem solucionar essa obstrução do cabeamento, o sistema está comprometido. Para isso, ele usou até uma metáfora: "Você tem a tomada, tem a árvore de Natal com as luzes, mas não tem o fio que liga na tomada." CPI dos Semáforos: ex-secretário cita dinheiro em caixa para fase 2 do projeto Em uma audiência posterior, o ex-secretário de Obras, Pedro Pegoraro, por sua vez, rebateu essas informações ao dizer que o projeto executivo do ITS foi elaborado em um período próximo à construção dos corredores de ônibus e que as pendências apenas não foram solucionadas devido à sucessão de governo. "Não tem delay tão grande assim. Eles realmente começaram depois, mas durante a execução do projeto executivo, que é aquele em que se planeja a obra, havia uma conversa muito grande, tanto é que todos os postes e toda a rede de duto estão dentro das especificações do ITS." Em função das alegações na CPI, a JZ Engenharia, empresa apontada como responsável pelos dutos que apresentaram problemas, realizou uma revisão no local apontado como problemático. Segundo a assessoria de imprensa da Câmara Municipal, a empresa já fez os levantamentos necessários, mas as desobstruções, sobretudo por conta de acúmulo de concreto, ainda não tinham sido realizadas. De acordo com a Prefeitura, esse trabalho deve ter custos adicionais ao município. O que aconteceu com a segunda fase do projeto? A licitação da fase 2 do sistema inteligente foi lançada ainda na gestão Nogueira em novembro de 2024 pelo valor de R$ 34,8 milhões com previsão inicial de entrega dos envelopes com as propostas até 16 de janeiro deste ano. Antes disso, no entanto, assim que assumiu, o prefeito Ricardo Silva suspendeu o processo. A alegação, segundo nota da Prefeitura enviada em divulgada em junho deste ano, foi de que seria preciso realizar "uma análise criteriosa quanto à real necessidade da contratação e à viabilidade de sua continuidade." A avaliação, até então, seguia em andamento. Falta de planejamento inviabiliza sistema de semáforos em Ribeirão Preto, diz secretário Na última semana, ao ser questionada pelo g1, a Prefeitura confirmou que não dará continuidade ao projeto pelos problemas da primeira etapa. "A Prefeitura de Ribeirão Preto informa que a decisão do atual governo de não dar continuidade às demais etapas do referido projeto decorre dos diversos problemas identificados na execução da primeira fase. Por responsabilidade e zelo com o uso dos recursos públicos, optou-se por não prosseguir com o cronograma de licitação elaborado pela gestão anterior." Representantes da gestão passada, por sua vez, alegam que atualmente o projeto só depende da continuidade da atual administração. "O sistema encontra-se pronto para ser concluído e colocado em operação plena. Cabe à atual administração dar continuidade ao projeto iniciado em 2017 — não apenas no campo da semaforização inteligente, mas também na consolidação das obras estruturantes do programa Ribeirão Mobilidade, que transformaram Ribeirão Preto em uma cidade moderna, conectada e preparada para os próximos desafios." O que já está em funcionamento? Segundo a RP Mobi, a Central de Controle Operacional (CCO) está em funcionamento desde 2024 com as seguintes funcionalidades nos trechos onde o novo sistema foi instalado: monitoramento remoto e contínuo de diversos semáforos; possibilidade de reiniciar equipamentos, solucionar falhas por instabilidades quando necessário; ajuste dinâmico dos tempos de sinal conforme as condições do tráfego. "No mesmo ambiente, equipes do Departamento de Transporte têm acesso à localização dos ônibus urbanos em tempo real (via GPS), às imagens ao vivo do interior dos veículos e a dados de bilhetagem e planejamento, possibilitando uma gestão mais eficiente do transporte coletivo." Segundo a empresa, os agentes de trânsito também utilizam a central de controle com um espelhamento de câmeras disponibilizadas pela Guarda Civil Metropolitana e pela Polícia Militar para garantir mais agilidade nas operações viárias. Acrescentou ainda que a cidade já conta com um painel de mensagens variáveis (PMV), operado a partir do CCO, e instalado na Avenida Independência, próximo à Rua Rui Barbosa, com mensagens de alerta sobre o trânsito e de conscientização aos condutores. Vista área de Ribeirão Preto, SP Reprodução/EPTV Veja mais notícias da região no g1 Ribeirão Preto e Franca
Wed, 22 Oct 2025 07:02:05 -0000
Motoristas aguardam semáforo abrir na Avenida Independência em Ribeirão Preto, SP Cacá Trovó/EPTV Anunciado com a promessa de tornar Ribeirão Preto (SP) uma cidade conectada e com um trânsito mais seguro, o sistema inteligente de semáforos pode se tornar ineficiente na maior parte do município. Dividido em diferentes etapas que custariam mais de R$ 120 milhões ao município, o projeto foi marcado por atrasos e problemas técnicos na implementação da primeira fase na gestão anterior e, mais recentemente, por uma descontinuidade no atual comando da Prefeitura. Por um lado, a atual fase, referente ao sistema norte-sul dos corredores de ônibus, avaliada em mais de R$ 20 milhões e ainda que em execução, foi prejudicada por atrasos e problemas técnicos, segundo autoridades ouvidas em uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) sobre o caso na Câmara. ✅Clique aqui para seguir o canal do g1 Ribeirão e Franca no WhatsApp Por outro lado, a segunda fase, que contemplaria o eixo leste-oeste dos corredores, não foi iniciada, porque, logo após a sucessão de mandato, em janeiro, a nova administração suspendeu uma licitação de R$ 34,8 milhões que havia sido lançada em 2024. Esta semana, a Prefeitura confirmou que optou por não dar continuidade ao projeto sob a justificativa de que ele teve problemas de execução na primeira fase. Uma terceira etapa, a maior de todas e avaliada em R$ 66 milhões, chegou a ser projetada por R$ 1,4 milhão, mas não chegou a ser licitada. Diante desse cenário, mesmo que a primeira etapa do ITS seja concluída, os semáforos inteligentes podem funcionar apenas em parte do trânsito de Ribeirão Preto, sem perspectiva de contemplar outros trechos. A seguir, entenda o que se sabe sobre o sistema inteligente de semáforos: O que é o sistema inteligente de semáforos? O sistema inteligente de semáforos é um conjunto de equipamentos e softwares que, integrados, reúnem todas as informações necessárias para garantir que o trânsito seja mais rápido e seguro para automóveis e principalmente ônibus do transporte público. O sistema, chamado de ITS, conta com câmeras, sensores, semáforos adaptativos - mais modernos que os tradicionais, com temporizadores fixos - e painéis informativos digitais. Tudo isso é interligado por uma rede de cabos de fibra ótica a uma central de controle de operações (CCO) na RP Mobi, a empresa de transporte da cidade, responsável por tomar as decisões com base nas informações que chegam e que ficarão disponíveis em um grande painel com monitores mostrando em tempo real os diferentes pontos da cidade. Além de ajudar o município a organizar melhor os fluxos, o sistema também foi projetado para levar informações diretamente aos moradores, já que os dados também devem alimentar aplicativos de geolocalização e até autoridades como a Defesa Civil, para alertas, quando necessário. Semáforo vermelho Ribeirão Preto, SP Cacá Trovó/EPTV Para onde foi projetado? Quando foi anunciado, o projeto tinha o intuito de se integrar aos corredores de ônibus, tanto no eixo norte-sul, quanto no eixo leste-oeste e na região central, para modernizar as obras de mobilidade urbana de Ribeirão Preto. LEIA TAMBÉM Semáforos inteligentes: sistema fica comprometido com suspensão de nova licitação em Ribeirão Preto, diz ex-secretário Ribeirão Preto vai gastar R$ 20 milhões sem garantia de que sistema inteligente de semáforos vai funcionar, diz secretário CPI na Câmara vai investigar contrato de instalação de semáforos inteligentes em Ribeirão Preto, SP Obstrução de dutos para passagem de cabos pode ter atrasado sistema inteligente de semáforos em Ribeirão, diz diretor da RP Mobi Para isso, a gestão anterior dividiu a implementação em três etapas diferentes - ITS 1, 2 e 3 e, após a elaboração dos projetos executivos lançou duas licitações que, somadas, representavam mais de R$ 54 milhões. Os recursos, segundo a administração anterior, seriam financiados pela Caixa Econômica Federal. "O ITS foi desenvolvido como um projeto em etapas, conforme exigências técnicas e orçamentárias da Caixa Econômica Federal, responsável pelo financiamento e pela fiscalização das obras. O cronograma faseado foi definido por um grupo técnico formado pela Secretaria de Governo, Secretaria de Obras, RPMob (antiga Transerp), Administração e Procuradoria do Município — uma decisão técnica e institucional, e não política", informa a assessoria do ex-prefeito Duarte Nogueira. ✔Fase 1 É referente à implementação do sistema inteligente no corredor norte-sul, abrangendo avenidas como Cavalheiro Paschoal Innecchi, Mogiana e Presidente Vargas. Foi lançada pelo valor inicial de R$ 19,4 milhões em 2022 e está em andamento pelo valor de R$ 20,4 milhões. ✔Fase 2 É referente à implementação do sistema inteligente no corredor leste-oeste, abrangendo avenidas como Café, Dom Pedro, Saudade, Nove de Julho e Diederichsen. A licitação foi lançada por R$ 34,8 milhões em 2024, mas foi cancelada pela atual gestão. ✔Fase 3 O plano ainda teria uma terceira fase, a maior e mais cara de todas, para modernizar os corredores de ônibus na região central, bem como avenidas Costábile Romano, Castelo Branco, Coronel Fernando Ferreira Leite, Francisco Junqueira, Jerônimo Gonçalves e Nove de Julho, além de garantir a interligação do centro de controle de operações (CCO) à Avenida Dom Pedro I. Também previa 15 sinalizações luminosas de grande porte para orientação veicular. O projeto executivo foi elaborado em outubro de 2024 ao custo de R$ 1,4 milhão, mas a licitação das obras, avaliada em R$ 66 milhões, não chegou a ser lançada por falta de previsão orçamentária na gestão passada. O que aconteceu com a primeira fase do projeto? CPI dos Semáforos: superintendente da RP Mobi presta depoimento em Ribeirão Preto A fase 1 do projeto, referente aos corredores norte-sul, foi licitada e contratada por R$ 19,4 milhões em 2022. O vencedor do processo foi o Consórcio ITS, formado pela Sigma Engenharia, Kapsch TraffcCom e Sitran Sinalização de Trânsito, contratados para entregar tudo até maio de 2025 com a instalação de 90 equipamentos em cruzamentos e 30 controladores. O contrato foi atualizado duas vezes, e o projeto atualmente está orçado em R$ 20,4 milhões. Por conta do atraso na entrega, ele passou a ser alvo de uma CPI na Câmara. A comissão, até agora, apurou que, devido a uma obstrução em dutos que seriam destinados à passagem dos cabos de fibra ótica, parte das instalações não foi concluída. Ouvido pelos parlamentares, o atual secretário de Obras Públicas, Walter Telli, disse que o problema vinha sendo tratado, mas não foi resolvido desde a gestão passada. Isso porque a empresa que construiu um dos trechos do corredor de ônibus, a JZ Engenharia, teria se recusado a corrigir o problema na Avenida Thomaz Alberto Whatelly, alegando ter sido avisada muito tempo após entregar a obra. Telli também confirmou que, mesmo sabendo desse problema, a atual gestão não teria como questionar o contrato com o Consórcio ITS, pois ele está sendo cumprido regularmente. Estima-se que mais de R$ 15 milhões já foram pagos à empresa, segundo o cronograma de instalações. Apesar disso, o secretário disse que, sem solucionar essa obstrução do cabeamento, o sistema está comprometido. Para isso, ele usou até uma metáfora: "Você tem a tomada, tem a árvore de Natal com as luzes, mas não tem o fio que liga na tomada." CPI dos Semáforos: ex-secretário cita dinheiro em caixa para fase 2 do projeto Em uma audiência posterior, o ex-secretário de Obras, Pedro Pegoraro, por sua vez, rebateu essas informações ao dizer que o projeto executivo do ITS foi elaborado em um período próximo à construção dos corredores de ônibus e que as pendências apenas não foram solucionadas devido à sucessão de governo. "Não tem delay tão grande assim. Eles realmente começaram depois, mas durante a execução do projeto executivo, que é aquele em que se planeja a obra, havia uma conversa muito grande, tanto é que todos os postes e toda a rede de duto estão dentro das especificações do ITS." Em função das alegações na CPI, a JZ Engenharia, empresa apontada como responsável pelos dutos que apresentaram problemas, realizou uma revisão no local apontado como problemático. Segundo a assessoria de imprensa da Câmara Municipal, a empresa já fez os levantamentos necessários, mas as desobstruções, sobretudo por conta de acúmulo de concreto, ainda não tinham sido realizadas. De acordo com a Prefeitura, esse trabalho deve ter custos adicionais ao município. O que aconteceu com a segunda fase do projeto? A licitação da fase 2 do sistema inteligente foi lançada ainda na gestão Nogueira em novembro de 2024 pelo valor de R$ 34,8 milhões com previsão inicial de entrega dos envelopes com as propostas até 16 de janeiro deste ano. Antes disso, no entanto, assim que assumiu, o prefeito Ricardo Silva suspendeu o processo. A alegação, segundo nota da Prefeitura enviada em divulgada em junho deste ano, foi de que seria preciso realizar "uma análise criteriosa quanto à real necessidade da contratação e à viabilidade de sua continuidade." A avaliação, até então, seguia em andamento. Falta de planejamento inviabiliza sistema de semáforos em Ribeirão Preto, diz secretário Na última semana, ao ser questionada pelo g1, a Prefeitura confirmou que não dará continuidade ao projeto pelos problemas da primeira etapa. "A Prefeitura de Ribeirão Preto informa que a decisão do atual governo de não dar continuidade às demais etapas do referido projeto decorre dos diversos problemas identificados na execução da primeira fase. Por responsabilidade e zelo com o uso dos recursos públicos, optou-se por não prosseguir com o cronograma de licitação elaborado pela gestão anterior." Representantes da gestão passada, por sua vez, alegam que atualmente o projeto só depende da continuidade da atual administração. "O sistema encontra-se pronto para ser concluído e colocado em operação plena. Cabe à atual administração dar continuidade ao projeto iniciado em 2017 — não apenas no campo da semaforização inteligente, mas também na consolidação das obras estruturantes do programa Ribeirão Mobilidade, que transformaram Ribeirão Preto em uma cidade moderna, conectada e preparada para os próximos desafios." O que já está em funcionamento? Segundo a RP Mobi, a Central de Controle Operacional (CCO) está em funcionamento desde 2024 com as seguintes funcionalidades nos trechos onde o novo sistema foi instalado: monitoramento remoto e contínuo de diversos semáforos; possibilidade de reiniciar equipamentos, solucionar falhas por instabilidades quando necessário; ajuste dinâmico dos tempos de sinal conforme as condições do tráfego. "No mesmo ambiente, equipes do Departamento de Transporte têm acesso à localização dos ônibus urbanos em tempo real (via GPS), às imagens ao vivo do interior dos veículos e a dados de bilhetagem e planejamento, possibilitando uma gestão mais eficiente do transporte coletivo." Segundo a empresa, os agentes de trânsito também utilizam a central de controle com um espelhamento de câmeras disponibilizadas pela Guarda Civil Metropolitana e pela Polícia Militar para garantir mais agilidade nas operações viárias. Acrescentou ainda que a cidade já conta com um painel de mensagens variáveis (PMV), operado a partir do CCO, e instalado na Avenida Independência, próximo à Rua Rui Barbosa, com mensagens de alerta sobre o trânsito e de conscientização aos condutores. Vista área de Ribeirão Preto, SP Reprodução/EPTV Veja mais notícias da região no g1 Ribeirão Preto e Franca
Wed, 22 Oct 2025 07:02:05 -0000
Coreano viraliza com vídeos conhecendo o 'jeitinho brasileiro' em visita ao ES
Coreano descobre o ES e viraliza com vídeos de festa de aniversário e aprendendo o 'jeitin Se o Brasil já se rendeu aos doramas e ao k-pop, agora é a vez dos coreanos se encantarem pelo "jeitinho brasileiro". Um criador de conteúdo coreano de 33 anos viralizou nas redes sociais ao publicar vídeos conhecendo o Espírito Santo. Nos registros, Namcheol aparece participando de uma festa de aniversário em Cariacica, provando churrasco, brigadeiro e outras comidas típicas brasileiras, além de visitar pontos turísticos como o Convento da Penha, em Vila Velha, e o Palácio Anchieta, em Vitória. Os vídeos, publicados no YouTube e no TikTok, somam milhões de visualizações e geraram comentários de brasileiros surpresos com a presença do turista, que é natural de Seul, na Coreia do Sul. 📲 Clique aqui para seguir o canal do g1 ES no WhatsApp “São tantas coisas diferentes. A cultura, a comida, o clima, as paisagens. Tudo é muito diferente da Coreia. Eu fiquei muito surpreso com a viralização. Não esperava que as pessoas fossem gostar tanto”, contou Namcheol ao g1. Coreano conheceu o Convento da Penha, em Vila Velha, e vídeo chamou a atenção nas redes sociais Reprodução/ Redes Sociais Viagem durou três semanas Sem nunca ter ouvido falar do Espírito Santo antes, o coreano ficou três semanas no Brasil. A viagem aconteceu em maio, mas o conteúdo segue sendo publicado nas redes sociais e ganhando público. Ele contou que veio ao estado a convite de uma amiga, que foi sua guia durante toda a viagem. A jovem, capixaba de Vitória, é a responsável por compartilhar o conteúdo no TikTok e divulgar o canal do YouTube de Namcheol. Os dois conversam em inglês. Nas redes, é possível ver em detalhes seus passeios por Vitória, Vila Velha e Cariacica, experimentando comidas típicas e conhecendo alguns dos principais pontos turísticos. LEIA TAMBÉM: MARATAÍZES: Professor de futebol desaparece após show e é encontrado morto em lagoa 'DEU RUIM': Dupla com moto roubada é detida após seguir GPS e parar por engano dentro de Academia da PM O youtuber também provou a moqueca capixaba, mas o que ele gostou mesmo foi o churrasco: “o churrasco foi o melhor. Estava delicioso”, disse. Namcheol é natural de Seul, na Coreia do Sul, e esteve no Espírito Santo produzindo conteúdo para as redes sociais Reprodução/ Redes Sociais Namcheol contou ainda que ficou impressionado com o visual das praias. “Meu momento favorito foi remar de caiaque em Vitória e ver o nascer do sol”, completou. Apesar da dificuldade de comunicação (ele não consegue se comunicar em português), os capixabas o ajudaram em diversos momentos. “Quando fui sozinho ao Convento da Penha e ao Palácio Anchieta, as pessoas foram muito amáveis. Sempre queriam ajudar.” Planos para o futuro De volta à Coreia, Namcheol continua produzindo vídeos para seu canal. Agora, ele tem publicado vídeos voltados ao público brasileiro, mostrando curiosidades sobre seu país. “Agora quero convidar os brasileiros a conhecer a Coreia. Estou fazendo um diário de viagem mostrando minha cultura”, explicou. O criador de conteúdo afirma que pretende voltar ao Brasil e explorar outros destinos. “Claro que quero voltar. Eu amaria viajar pelo Brasil de novo, há muitos lugares bonitos. E o Espírito Santo, diferentemente de muitos destinos turísticos, não é tão perigoso, as pessoas são muito legais e parece um bom lugar para relaxar”, finalizou. Vídeos ganharam repercusão nas redes sociais mostrando detalhes da passagem do coreano no Brasil Reprodução/ Redes Sociais Vídeos: tudo sobre o Espírito Santo Veja o plantão de últimas notícias do g1 Espírito Santo
Wed, 22 Oct 2025 07:01:54 -0000
Coreano descobre o ES e viraliza com vídeos de festa de aniversário e aprendendo o 'jeitin Se o Brasil já se rendeu aos doramas e ao k-pop, agora é a vez dos coreanos se encantarem pelo "jeitinho brasileiro". Um criador de conteúdo coreano de 33 anos viralizou nas redes sociais ao publicar vídeos conhecendo o Espírito Santo. Nos registros, Namcheol aparece participando de uma festa de aniversário em Cariacica, provando churrasco, brigadeiro e outras comidas típicas brasileiras, além de visitar pontos turísticos como o Convento da Penha, em Vila Velha, e o Palácio Anchieta, em Vitória. Os vídeos, publicados no YouTube e no TikTok, somam milhões de visualizações e geraram comentários de brasileiros surpresos com a presença do turista, que é natural de Seul, na Coreia do Sul. 📲 Clique aqui para seguir o canal do g1 ES no WhatsApp “São tantas coisas diferentes. A cultura, a comida, o clima, as paisagens. Tudo é muito diferente da Coreia. Eu fiquei muito surpreso com a viralização. Não esperava que as pessoas fossem gostar tanto”, contou Namcheol ao g1. Coreano conheceu o Convento da Penha, em Vila Velha, e vídeo chamou a atenção nas redes sociais Reprodução/ Redes Sociais Viagem durou três semanas Sem nunca ter ouvido falar do Espírito Santo antes, o coreano ficou três semanas no Brasil. A viagem aconteceu em maio, mas o conteúdo segue sendo publicado nas redes sociais e ganhando público. Ele contou que veio ao estado a convite de uma amiga, que foi sua guia durante toda a viagem. A jovem, capixaba de Vitória, é a responsável por compartilhar o conteúdo no TikTok e divulgar o canal do YouTube de Namcheol. Os dois conversam em inglês. Nas redes, é possível ver em detalhes seus passeios por Vitória, Vila Velha e Cariacica, experimentando comidas típicas e conhecendo alguns dos principais pontos turísticos. LEIA TAMBÉM: MARATAÍZES: Professor de futebol desaparece após show e é encontrado morto em lagoa 'DEU RUIM': Dupla com moto roubada é detida após seguir GPS e parar por engano dentro de Academia da PM O youtuber também provou a moqueca capixaba, mas o que ele gostou mesmo foi o churrasco: “o churrasco foi o melhor. Estava delicioso”, disse. Namcheol é natural de Seul, na Coreia do Sul, e esteve no Espírito Santo produzindo conteúdo para as redes sociais Reprodução/ Redes Sociais Namcheol contou ainda que ficou impressionado com o visual das praias. “Meu momento favorito foi remar de caiaque em Vitória e ver o nascer do sol”, completou. Apesar da dificuldade de comunicação (ele não consegue se comunicar em português), os capixabas o ajudaram em diversos momentos. “Quando fui sozinho ao Convento da Penha e ao Palácio Anchieta, as pessoas foram muito amáveis. Sempre queriam ajudar.” Planos para o futuro De volta à Coreia, Namcheol continua produzindo vídeos para seu canal. Agora, ele tem publicado vídeos voltados ao público brasileiro, mostrando curiosidades sobre seu país. “Agora quero convidar os brasileiros a conhecer a Coreia. Estou fazendo um diário de viagem mostrando minha cultura”, explicou. O criador de conteúdo afirma que pretende voltar ao Brasil e explorar outros destinos. “Claro que quero voltar. Eu amaria viajar pelo Brasil de novo, há muitos lugares bonitos. E o Espírito Santo, diferentemente de muitos destinos turísticos, não é tão perigoso, as pessoas são muito legais e parece um bom lugar para relaxar”, finalizou. Vídeos ganharam repercusão nas redes sociais mostrando detalhes da passagem do coreano no Brasil Reprodução/ Redes Sociais Vídeos: tudo sobre o Espírito Santo Veja o plantão de últimas notícias do g1 Espírito Santo
Wed, 22 Oct 2025 07:01:54 -0000
Clonazepam: uso irregular do calmante mais vendido no Brasil causa dependência silenciosa entre idosos
Clonazepam: dependência cresce entre idosos O clonazepam, calmante mais vendido do Brasil, é parte da rotina de milhões de brasileiros — especialmente de idosos. As estimativas apontam que ao menos 2 milhões de pessoas acima de 60 anos fazem uso do medicamento no país. Só em 2024, foram 39 milhões de caixas comercializadas, segundo dados da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O uso, que deveria ser restrito a crises agudas de ansiedade ou insônia, se prolonga por anos e, silenciosamente, transforma o alívio em dependência. Nos consultórios, os relatos se repetem: “Se eu não tomar clonazepam, não durmo.” “Sem ele, fico agitada.” As frases foram ouvidas pelo neurologista Alan Eckeli, especialista em Medicina do Sono e professor da Universidade de São Paulo (USP) de Ribeirão Preto. Elas são, quase sempre, ditas por pacientes acima dos 60 anos — e anunciam uma dependência silenciosa. “Muitos chegam com a receita renovada há anos, sem lembrar quando começaram a usar o remédio”, conta Eckeli. “O efeito é rápido e eficaz, e é exatamente isso que o torna perigoso. O medicamento funciona — mas, equivocadamente, passa a ser tomado sem fim.” Segundo o médico, a banalização do uso começa ainda na prescrição. “Muitas vezes, quem indica o clonazepam não tem formação em sono ou saúde mental. A insônia é tratada como sintoma, não como doença — e o tratamento se eterniza.” RESUMO DA REPORTAGEM EM 7 PONTOS Clonazepam deveria ser usado apenas em crises agudas de ansiedade ou insônia, mas acaba virando rotina. O calmante é usado equivocadamente para preencher vazios emocionais: é tomado para aliviar solidão, luto e dor crônica. Muitos pacientes pedem a receita e resistem à retirada, mesmo após anos de uso contínuo. O uso prolongado causa problemas: perda de memória, risco de quedas e prejuízo cognitivo. A alta taxa de consumo no Brasil é fruto de uma longa história de prescrição excessiva desde os anos 1990. O problema está no uso sem acompanhamento: o remédio induz o sono, mas não o sono de qualidade. O desmame é lento e exige acompanhamento médico, com mudanças de rotina e apoio psicológico. O mais popular entre os benzodiazepínicos O clonazepam, de nome comercial Rivotril, pertence à classe dos benzodiazepínicos, medicamentos que atuam reforçando o GABA, um neurotransmissor responsável por desacelerar a atividade cerebral. Ele é indicado oficialmente para o tratamento de epilepsia, transtornos convulsivos, crises de pânico, ansiedade e distúrbios do sono, de acordo com a bula aprovada pela Anvisa. O efeito calmante aparece rápido — o corpo relaxa, a mente desacelera — e a sensação pode durar até 24 horas, graças à liberação lenta do princípio ativo, que mantém o efeito por mais tempo. No entanto, seu uso contínuo como ansiolítico diário é incorreto e não recomendado, já que o medicamento foi desenvolvido para tratamentos de curta duração ou situações específicas, sob acompanhamento médico. Freepik Levantamento nacional da Pesquisa sobre Acesso, Utilização e Promoção do Uso Racional de Medicamentos (PNAUM), publicado em 2022, mostra que ao menos 2 milhões de idosos brasileiros usam benzodiazepínicos — e 41,3% deles especificamente o clonazepam. Apesar do alto número de usuários, o clonazepam é um medicamento controlado, de tarja preta, cuja venda só é permitida mediante receita azul, válida por 30 dias e retida pela farmácia a cada compra. A prescrição deve ser feita por médico habilitado, e cada dispensação fica registrada em um sistema nacional monitorado pela Anvisa e pelas vigilâncias estaduais. Dados mais recentes da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) confirmam a liderança. Segundo relatório da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), o Brasil registrou 39 milhões de unidades de clonazepam vendidas em 2024. O volume supera, por ampla margem, o de outros ansiolíticos do mesmo grupo, como o alprazolam (20,5 milhões de unidades), o bromazepam (15,3 milhões) e o diazepam (7,7 milhões). Até mesmo as chamadas “drogas Z”, apresentadas como alternativas mais modernas para tratar insônia, ficam para trás: o zolpidem, o mais popular entre elas, registrou 15,9 milhões de unidades vendidas em 2024. Arte g1 Por que o clonazepam é tão usado A popularidade do clonazepam tem explicações que misturam ciência e cultura. O geriatra Pedro Curiati, do Núcleo de Geriatria do Hospital Sírio-Libanês, explica que o medicamento tem meia-vida longa — ou seja, permanece ativo no organismo por até 24 horas após a ingestão. Esse efeito prolongado é o que garante uma noite de sono mais contínua e uma sensação duradoura de calma, mas também faz com que a substância se acumule no corpo. “No idoso, cujo metabolismo é mais lento, esse acúmulo aumenta o risco de confusão mental, quedas e dependência”, afirma. Mas a força do clonazepam não se deve apenas à sua ação farmacológica. De baixo custo — menos de R$ 6 por caixa — e de fácil acesso, inclusive no Sistema Único de Saúde (SUS), o medicamento ultrapassou o campo médico e entrou no cotidiano popular. A divulgação intensa nos primeiros anos de venda ajudou a fixar o nome do produto no imaginário coletivo. “A força do marketing fez com que todo mundo conhecesse o nome Rivotril, mesmo sem precisar do remédio”, explica Eckeli. Dependência física, emocional e social A psiquiatra Simone Kassouf, responsável técnica pela rede de psiquiatria Somente, calcula que entre 20% e 25% das pessoas que atende já chegam usando o medicamento, a maioria com mais de 45 anos. “É muito comum recebermos idosos que tomam benzodiazepínicos há anos, sem qualquer revisão da prescrição. A medicação gera conforto sintomático, mas não resolve o problema de fundo”, afirma. O efeito rápido, que traz alívio imediato, é também o que alimenta o uso contínuo. Segundo Kassouf, remédios dessa classe deveriam ser indicados apenas em crises agudas de ansiedade ou insônia, mas acabaram sendo incorporados à rotina. “Quando o uso se prolonga, o organismo se adapta: o mesmo comprimido já não faz efeito, e o paciente tende a aumentar a dose por conta própria. É assim que a dependência se instala.” Essa adaptação, explica a psiquiatra Camilla Pinna, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), vai muito além do corpo. “Com o uso regular, o cérebro aprende a relaxar apenas na presença do remédio. Quando tenta parar, a ansiedade e a insônia voltam mais intensamente — é o chamado efeito rebote.” Ela observa que, para muitos idosos, o calmante também preenche vazios emocionais. “O corpo se acostuma, mas o medo de ficar sem o medicamento reforça o vício. Muitos tomam o remédio não só para dormir, mas para lidar com a solidão, o luto, a dor crônica. É um uso que vai muito além do biológico.” Esse vínculo emocional, segundo o psiquiatra Paulo Rogério Aguiar, da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), torna o desmame ainda mais difícil. “Há uma demanda enorme. Muitos pacientes pedem a receita e resistem à retirada. O efeito imediato agrada, mas o uso prolongado cobra um preço alto — perda de memória, risco de quedas, prejuízo cognitivo. Nosso papel é explicar e substituir por alternativas mais seguras.” Uma geração que envelheceu com o calmante Para Tales Cordeiro, psiquiatra do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da USP e da Clínica Sartor, a alta taxa de uso é fruto de uma longa história. “Muitos começaram a tomar na década de 1990, quando essas drogas eram amplamente prescritas e vistas como solução rápida. Hoje, aos 70 ou 80 anos, seguem tomando. O remédio virou parte da identidade deles.” Coordenador do Departamento de Medicina do Sono da Associação Brasileira de Psiquiatria, Almir Tavares acrescenta que o envelhecimento brasileiro ocorre em meio a doenças crônicas e desinformação. “O Brasil envelhece rápido, mas é um envelhecimento cheio de limitações. O clonazepam é um bom ansiolítico, uma ferramenta importante, mas o problema está no uso sem acompanhamento. Ele induz o sono, mas não o sono de qualidade: impede o acesso às fases profundas, como o sono REM, e o corpo não se recupera de verdade”, explica. Freepik Desmame é lento e exige acompanhamento Entre os especialistas, há consenso: parar exige tempo, cuidado e supervisão. “Se houver uso crônico, nunca deve ser suspenso de forma abrupta”, reforça Pinna. “O desmame precisa ser lento, com acompanhamento médico e foco em tratar a causa — não apenas o sintoma.” A terapia cognitivo-comportamental (TCC) é considerada o tratamento de primeira linha para insônia e ansiedade, mas ainda é pouco acessível no sistema público. Curiati acrescenta que pequenas mudanças podem ter impacto real: “Atividade física, exposição à luz natural, horários regulares para dormir, evitar telas e café à noite — são estratégias simples que funcionam.” O retrato de um envelhecimento ansioso A história dos calmantes é também a história de uma busca que se repete: a de um sono tranquilo sem consequências. Nas décadas de 1950 e 1960, os barbitúricos dominavam o mercado — potentes, mas perigosos. Bastava uma superdosagem para causar intoxicação grave. Na tentativa de reduzir riscos, surgiram então os benzodiazepínicos, como o diazepam e, mais tarde, o clonazepam, considerados uma revolução por oferecerem o mesmo efeito calmante com menor chance de overdose. O tempo mostrou, porém, que a troca não era tão simples. “Esses medicamentos trouxeram segurança clínica, mas abriram espaço para outro tipo de dependência — a do uso crônico”, resume Alan Eckeli, da USP de Ribeirão Preto. Nos anos 2000, vieram as chamadas “drogas Z”, como o zolpidem, divulgadas como alternativas modernas e de ação mais específica para o sono. Por algum tempo, acreditou-se que elas trariam menos riscos. Hoje, os estudos mostram que o potencial de abuso e de efeitos colaterais é semelhante. Agora, novas gerações de compostos — como a ramelteona e os antagonistas da orexina — prometem induzir o sono de forma mais fisiológica, sem vício. Mas, como lembra Eckeli, ainda são pouco acessíveis e muito caros, o que mantém a população dependente dos medicamentos antigos. O uso prolongado, dizem os especialistas, é reflexo de um envelhecimento ansioso e solitário. “Muitos idosos acabam recorrendo ao calmante não apenas por insônia ou ansiedade, mas por solidão, luto ou falta de apoio familiar”, afirma Camilla Pinna, psiquiatra da UFRJ. “Esses fatores emocionais pesam muito e precisam ser acolhidos — conversas, vínculos e atividades podem fazer tanta diferença quanto o remédio.” O geriatra Pedro Curiati, do Hospital Sírio-Libanês, acrescenta que esse quadro de tristeza e retraimento muitas vezes é confundido com ansiedade, o que leva à prescrição inadequada de calmantes. Ele explica que a depressão é comum nessa fase da vida e tem múltiplas causas — desde a perda de vínculos até as limitações trazidas por doenças crônicas. “O tratamento adequado, além do diagnóstico médico, deve ser feito com antidepressivos — que não causam dependência — e, sempre que possível, com terapia cognitivo-comportamental e psicoterapia.”
Wed, 22 Oct 2025 07:01:40 -0000
Clonazepam: dependência cresce entre idosos O clonazepam, calmante mais vendido do Brasil, é parte da rotina de milhões de brasileiros — especialmente de idosos. As estimativas apontam que ao menos 2 milhões de pessoas acima de 60 anos fazem uso do medicamento no país. Só em 2024, foram 39 milhões de caixas comercializadas, segundo dados da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O uso, que deveria ser restrito a crises agudas de ansiedade ou insônia, se prolonga por anos e, silenciosamente, transforma o alívio em dependência. Nos consultórios, os relatos se repetem: “Se eu não tomar clonazepam, não durmo.” “Sem ele, fico agitada.” As frases foram ouvidas pelo neurologista Alan Eckeli, especialista em Medicina do Sono e professor da Universidade de São Paulo (USP) de Ribeirão Preto. Elas são, quase sempre, ditas por pacientes acima dos 60 anos — e anunciam uma dependência silenciosa. “Muitos chegam com a receita renovada há anos, sem lembrar quando começaram a usar o remédio”, conta Eckeli. “O efeito é rápido e eficaz, e é exatamente isso que o torna perigoso. O medicamento funciona — mas, equivocadamente, passa a ser tomado sem fim.” Segundo o médico, a banalização do uso começa ainda na prescrição. “Muitas vezes, quem indica o clonazepam não tem formação em sono ou saúde mental. A insônia é tratada como sintoma, não como doença — e o tratamento se eterniza.” RESUMO DA REPORTAGEM EM 7 PONTOS Clonazepam deveria ser usado apenas em crises agudas de ansiedade ou insônia, mas acaba virando rotina. O calmante é usado equivocadamente para preencher vazios emocionais: é tomado para aliviar solidão, luto e dor crônica. Muitos pacientes pedem a receita e resistem à retirada, mesmo após anos de uso contínuo. O uso prolongado causa problemas: perda de memória, risco de quedas e prejuízo cognitivo. A alta taxa de consumo no Brasil é fruto de uma longa história de prescrição excessiva desde os anos 1990. O problema está no uso sem acompanhamento: o remédio induz o sono, mas não o sono de qualidade. O desmame é lento e exige acompanhamento médico, com mudanças de rotina e apoio psicológico. O mais popular entre os benzodiazepínicos O clonazepam, de nome comercial Rivotril, pertence à classe dos benzodiazepínicos, medicamentos que atuam reforçando o GABA, um neurotransmissor responsável por desacelerar a atividade cerebral. Ele é indicado oficialmente para o tratamento de epilepsia, transtornos convulsivos, crises de pânico, ansiedade e distúrbios do sono, de acordo com a bula aprovada pela Anvisa. O efeito calmante aparece rápido — o corpo relaxa, a mente desacelera — e a sensação pode durar até 24 horas, graças à liberação lenta do princípio ativo, que mantém o efeito por mais tempo. No entanto, seu uso contínuo como ansiolítico diário é incorreto e não recomendado, já que o medicamento foi desenvolvido para tratamentos de curta duração ou situações específicas, sob acompanhamento médico. Freepik Levantamento nacional da Pesquisa sobre Acesso, Utilização e Promoção do Uso Racional de Medicamentos (PNAUM), publicado em 2022, mostra que ao menos 2 milhões de idosos brasileiros usam benzodiazepínicos — e 41,3% deles especificamente o clonazepam. Apesar do alto número de usuários, o clonazepam é um medicamento controlado, de tarja preta, cuja venda só é permitida mediante receita azul, válida por 30 dias e retida pela farmácia a cada compra. A prescrição deve ser feita por médico habilitado, e cada dispensação fica registrada em um sistema nacional monitorado pela Anvisa e pelas vigilâncias estaduais. Dados mais recentes da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) confirmam a liderança. Segundo relatório da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), o Brasil registrou 39 milhões de unidades de clonazepam vendidas em 2024. O volume supera, por ampla margem, o de outros ansiolíticos do mesmo grupo, como o alprazolam (20,5 milhões de unidades), o bromazepam (15,3 milhões) e o diazepam (7,7 milhões). Até mesmo as chamadas “drogas Z”, apresentadas como alternativas mais modernas para tratar insônia, ficam para trás: o zolpidem, o mais popular entre elas, registrou 15,9 milhões de unidades vendidas em 2024. Arte g1 Por que o clonazepam é tão usado A popularidade do clonazepam tem explicações que misturam ciência e cultura. O geriatra Pedro Curiati, do Núcleo de Geriatria do Hospital Sírio-Libanês, explica que o medicamento tem meia-vida longa — ou seja, permanece ativo no organismo por até 24 horas após a ingestão. Esse efeito prolongado é o que garante uma noite de sono mais contínua e uma sensação duradoura de calma, mas também faz com que a substância se acumule no corpo. “No idoso, cujo metabolismo é mais lento, esse acúmulo aumenta o risco de confusão mental, quedas e dependência”, afirma. Mas a força do clonazepam não se deve apenas à sua ação farmacológica. De baixo custo — menos de R$ 6 por caixa — e de fácil acesso, inclusive no Sistema Único de Saúde (SUS), o medicamento ultrapassou o campo médico e entrou no cotidiano popular. A divulgação intensa nos primeiros anos de venda ajudou a fixar o nome do produto no imaginário coletivo. “A força do marketing fez com que todo mundo conhecesse o nome Rivotril, mesmo sem precisar do remédio”, explica Eckeli. Dependência física, emocional e social A psiquiatra Simone Kassouf, responsável técnica pela rede de psiquiatria Somente, calcula que entre 20% e 25% das pessoas que atende já chegam usando o medicamento, a maioria com mais de 45 anos. “É muito comum recebermos idosos que tomam benzodiazepínicos há anos, sem qualquer revisão da prescrição. A medicação gera conforto sintomático, mas não resolve o problema de fundo”, afirma. O efeito rápido, que traz alívio imediato, é também o que alimenta o uso contínuo. Segundo Kassouf, remédios dessa classe deveriam ser indicados apenas em crises agudas de ansiedade ou insônia, mas acabaram sendo incorporados à rotina. “Quando o uso se prolonga, o organismo se adapta: o mesmo comprimido já não faz efeito, e o paciente tende a aumentar a dose por conta própria. É assim que a dependência se instala.” Essa adaptação, explica a psiquiatra Camilla Pinna, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), vai muito além do corpo. “Com o uso regular, o cérebro aprende a relaxar apenas na presença do remédio. Quando tenta parar, a ansiedade e a insônia voltam mais intensamente — é o chamado efeito rebote.” Ela observa que, para muitos idosos, o calmante também preenche vazios emocionais. “O corpo se acostuma, mas o medo de ficar sem o medicamento reforça o vício. Muitos tomam o remédio não só para dormir, mas para lidar com a solidão, o luto, a dor crônica. É um uso que vai muito além do biológico.” Esse vínculo emocional, segundo o psiquiatra Paulo Rogério Aguiar, da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), torna o desmame ainda mais difícil. “Há uma demanda enorme. Muitos pacientes pedem a receita e resistem à retirada. O efeito imediato agrada, mas o uso prolongado cobra um preço alto — perda de memória, risco de quedas, prejuízo cognitivo. Nosso papel é explicar e substituir por alternativas mais seguras.” Uma geração que envelheceu com o calmante Para Tales Cordeiro, psiquiatra do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da USP e da Clínica Sartor, a alta taxa de uso é fruto de uma longa história. “Muitos começaram a tomar na década de 1990, quando essas drogas eram amplamente prescritas e vistas como solução rápida. Hoje, aos 70 ou 80 anos, seguem tomando. O remédio virou parte da identidade deles.” Coordenador do Departamento de Medicina do Sono da Associação Brasileira de Psiquiatria, Almir Tavares acrescenta que o envelhecimento brasileiro ocorre em meio a doenças crônicas e desinformação. “O Brasil envelhece rápido, mas é um envelhecimento cheio de limitações. O clonazepam é um bom ansiolítico, uma ferramenta importante, mas o problema está no uso sem acompanhamento. Ele induz o sono, mas não o sono de qualidade: impede o acesso às fases profundas, como o sono REM, e o corpo não se recupera de verdade”, explica. Freepik Desmame é lento e exige acompanhamento Entre os especialistas, há consenso: parar exige tempo, cuidado e supervisão. “Se houver uso crônico, nunca deve ser suspenso de forma abrupta”, reforça Pinna. “O desmame precisa ser lento, com acompanhamento médico e foco em tratar a causa — não apenas o sintoma.” A terapia cognitivo-comportamental (TCC) é considerada o tratamento de primeira linha para insônia e ansiedade, mas ainda é pouco acessível no sistema público. Curiati acrescenta que pequenas mudanças podem ter impacto real: “Atividade física, exposição à luz natural, horários regulares para dormir, evitar telas e café à noite — são estratégias simples que funcionam.” O retrato de um envelhecimento ansioso A história dos calmantes é também a história de uma busca que se repete: a de um sono tranquilo sem consequências. Nas décadas de 1950 e 1960, os barbitúricos dominavam o mercado — potentes, mas perigosos. Bastava uma superdosagem para causar intoxicação grave. Na tentativa de reduzir riscos, surgiram então os benzodiazepínicos, como o diazepam e, mais tarde, o clonazepam, considerados uma revolução por oferecerem o mesmo efeito calmante com menor chance de overdose. O tempo mostrou, porém, que a troca não era tão simples. “Esses medicamentos trouxeram segurança clínica, mas abriram espaço para outro tipo de dependência — a do uso crônico”, resume Alan Eckeli, da USP de Ribeirão Preto. Nos anos 2000, vieram as chamadas “drogas Z”, como o zolpidem, divulgadas como alternativas modernas e de ação mais específica para o sono. Por algum tempo, acreditou-se que elas trariam menos riscos. Hoje, os estudos mostram que o potencial de abuso e de efeitos colaterais é semelhante. Agora, novas gerações de compostos — como a ramelteona e os antagonistas da orexina — prometem induzir o sono de forma mais fisiológica, sem vício. Mas, como lembra Eckeli, ainda são pouco acessíveis e muito caros, o que mantém a população dependente dos medicamentos antigos. O uso prolongado, dizem os especialistas, é reflexo de um envelhecimento ansioso e solitário. “Muitos idosos acabam recorrendo ao calmante não apenas por insônia ou ansiedade, mas por solidão, luto ou falta de apoio familiar”, afirma Camilla Pinna, psiquiatra da UFRJ. “Esses fatores emocionais pesam muito e precisam ser acolhidos — conversas, vínculos e atividades podem fazer tanta diferença quanto o remédio.” O geriatra Pedro Curiati, do Hospital Sírio-Libanês, acrescenta que esse quadro de tristeza e retraimento muitas vezes é confundido com ansiedade, o que leva à prescrição inadequada de calmantes. Ele explica que a depressão é comum nessa fase da vida e tem múltiplas causas — desde a perda de vínculos até as limitações trazidas por doenças crônicas. “O tratamento adequado, além do diagnóstico médico, deve ser feito com antidepressivos — que não causam dependência — e, sempre que possível, com terapia cognitivo-comportamental e psicoterapia.”
Wed, 22 Oct 2025 07:01:40 -0000
Por que as ondas de calor estão cada vez mais frequentes?
Por que as ondas de calor estão ficando cada vez mais frequentes? Os dias de calor extremo estão cada vez mais intensos. O verão dos primeiros meses do ano foi um dos mais quentes. Em 2024, tivemos inúmeras ondas de calor. E por que isso está acontecendo? Segundo especialistas e estudos recentes, isso tem a ver com o aumento das emissões de gases poluentes que estão mudando o clima e deixando Terra mais quente. Uma pesquisa publicada na revista Nature, um dos principais periódicos científicos, 50% do agravamento de eventos extremos entre 2000 e 2023 pode ser ligado diretamente às emissões das 180 maiores produtoras de combustíveis fósseis e cimento do planeta. A pesquisa analisou 213 ondas de calor registradas em 63 países ao longo das últimas duas décadas e concluiu que, sem a influência da mudança climática causada pelo ser humano, ao menos um quarto desses episódios teria sido “praticamente impossível”. O que causa uma onda de calor As ondas de calor precisam de dois fatores principais para se formar: massas de ar quente e seco e bloqueios atmosféricos — sistemas de ventos no alto da atmosfera que agem como uma barreira, impedindo a chegada das frentes frias ao continente. Quando há esse bloqueio, as frentes frias se formam, mas são desviadas para o oceano. Sem a entrada de umidade e sem ventos que renovem o ar, a massa quente se fortalece e fica parada sobre uma região por vários dias. O resultado é a elevação constante das temperaturas e a formação da onda de calor. O bloqueio atmosférico impede que as frentes frias avancem, contribuindo para a manutenção das altas temperaturas. Arte/g1 O planeta mais quente e o efeito no Brasil Com o aumento da temperatura média global, o padrão de circulação atmosférica vem se alterando. O ar mais quente retém mais energia e umidade, o que favorece extremos tanto de calor quanto de chuva. No Brasil, isso se traduz em períodos mais longos de estiagem e calor intenso, seguidos por eventos de chuva extrema concentrada em poucos dias. A série histórica do Inpe mostra o avanço das ondas de calor nas últimas décadas: 1961 a 1990 – 7 dias de calor atípico por ano, em média; 1991 a 2000 – 20 dias; 2001 a 2010 – 40 dias; 2011 a 2020 – 52 dias. O calor é uma ameaça para a saúde As ondas de calor não afetam apenas o meio ambiente, mas também colocam em risco a saúde humana. O corpo pode se adaptar às altas temperaturas, mas não sem consequências. O calor intenso causa náusea, tontura, fadiga e dores de cabeça. Em casos mais graves, o estresse térmico — índice que mede os riscos à saúde pela exposição ao calor — pode levar à falência de órgãos e morte. É impossível suportar esse período de tempo sob essas temperaturas sem consequências, o corpo não tem resiliência para suportar. O acompanhamento da temperatura tem que estar no programa de vigilância com prioridade máxima, se não estamos deixando milhões de pessoas expostas ao risco de vida. De acordo com o Ministério da Saúde, quase 60 pessoas morreram no Brasil nos últimos 14 anos devido ao calor extremo. No entanto, especialistas reforçam que isso é subnotificado, já que não existe protocolo padronizado para associar mortes diretamente à exposição ao calor.
Wed, 22 Oct 2025 07:01:39 -0000
Por que as ondas de calor estão ficando cada vez mais frequentes? Os dias de calor extremo estão cada vez mais intensos. O verão dos primeiros meses do ano foi um dos mais quentes. Em 2024, tivemos inúmeras ondas de calor. E por que isso está acontecendo? Segundo especialistas e estudos recentes, isso tem a ver com o aumento das emissões de gases poluentes que estão mudando o clima e deixando Terra mais quente. Uma pesquisa publicada na revista Nature, um dos principais periódicos científicos, 50% do agravamento de eventos extremos entre 2000 e 2023 pode ser ligado diretamente às emissões das 180 maiores produtoras de combustíveis fósseis e cimento do planeta. A pesquisa analisou 213 ondas de calor registradas em 63 países ao longo das últimas duas décadas e concluiu que, sem a influência da mudança climática causada pelo ser humano, ao menos um quarto desses episódios teria sido “praticamente impossível”. O que causa uma onda de calor As ondas de calor precisam de dois fatores principais para se formar: massas de ar quente e seco e bloqueios atmosféricos — sistemas de ventos no alto da atmosfera que agem como uma barreira, impedindo a chegada das frentes frias ao continente. Quando há esse bloqueio, as frentes frias se formam, mas são desviadas para o oceano. Sem a entrada de umidade e sem ventos que renovem o ar, a massa quente se fortalece e fica parada sobre uma região por vários dias. O resultado é a elevação constante das temperaturas e a formação da onda de calor. O bloqueio atmosférico impede que as frentes frias avancem, contribuindo para a manutenção das altas temperaturas. Arte/g1 O planeta mais quente e o efeito no Brasil Com o aumento da temperatura média global, o padrão de circulação atmosférica vem se alterando. O ar mais quente retém mais energia e umidade, o que favorece extremos tanto de calor quanto de chuva. No Brasil, isso se traduz em períodos mais longos de estiagem e calor intenso, seguidos por eventos de chuva extrema concentrada em poucos dias. A série histórica do Inpe mostra o avanço das ondas de calor nas últimas décadas: 1961 a 1990 – 7 dias de calor atípico por ano, em média; 1991 a 2000 – 20 dias; 2001 a 2010 – 40 dias; 2011 a 2020 – 52 dias. O calor é uma ameaça para a saúde As ondas de calor não afetam apenas o meio ambiente, mas também colocam em risco a saúde humana. O corpo pode se adaptar às altas temperaturas, mas não sem consequências. O calor intenso causa náusea, tontura, fadiga e dores de cabeça. Em casos mais graves, o estresse térmico — índice que mede os riscos à saúde pela exposição ao calor — pode levar à falência de órgãos e morte. É impossível suportar esse período de tempo sob essas temperaturas sem consequências, o corpo não tem resiliência para suportar. O acompanhamento da temperatura tem que estar no programa de vigilância com prioridade máxima, se não estamos deixando milhões de pessoas expostas ao risco de vida. De acordo com o Ministério da Saúde, quase 60 pessoas morreram no Brasil nos últimos 14 anos devido ao calor extremo. No entanto, especialistas reforçam que isso é subnotificado, já que não existe protocolo padronizado para associar mortes diretamente à exposição ao calor.
Wed, 22 Oct 2025 07:01:39 -0000
Hospital do PR constrói bunker com 800 m³ de concreto e 30 toneladas de gelo para abrigar equipamento radioativo inédito na América do Sul
Obra de bunker que abrigará radioterapia da Santa Casa avança em Ponta Grossa O hospital Santa Casa de Ponta Grossa, nos Campos Gerais do Paraná, está construindo um bunker para abrigar um equipamento radioativo usado no tratamento de câncer. Segundo a instituição, o modelo adquirido para o local é inédito na América do Sul. O acelerador linear tem inteligência artificial (IA) embarcada e fornece doses de radiação diretamente no tumor, preservando tecidos saudáveis ao redor. Para conter a radiação emitida pelo equipamento, as paredes do bunker possuem até 2,20 metros de espessura. Por isso, mais de 95 viagens de caminhão foram feitas para levar quase 800 metros cúbicos de concreto para a obra. Para evitar a retração do material; ou seja, a diminuição do seu volume devido à eliminação de água, quase 30 toneladas de gelo foram usadas para evitar a elevação de temperaturas durante a concretagem. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Ponta Grossa no WhatsApp O bunker faz parte de uma obra que está transformando a estrutura do antigo Hospital Evangélico de Ponta Grossa, fechado desde 2016, em um centro de referência em oncologia. Bunker está sendo construído em hospital de Ponta Grossa Valdecir Galvan/RPC A obra começou em abril deste ano e deve ser entregue até março de 2026. O projeto total ultrapassa R$ 20 milhões, provenientes de recursos da Itaipu Binacional, do Governo do Estado e de emendas parlamentares. A construção está avaliada em R$ 8,4 milhões e o equipamento radioativo, em R$ 12 milhões. Com a nova estrutura, a capacidade de atendimento oncológico em Ponta Grossa deve dobrar. De acordo com a equipe da Santa Casa, a nova unidade terá capacidade para mais de sete mil consultas e mais de dois mil procedimentos por mês em pacientes de 28 cidades da região. Leia também: Entenda: Morte de capivara é investigada pela polícia no PR: animal ficou popular em cidade após aparecer em local desabitado pela espécie Capotamento: Mulher tem parte da mão amputada em acidente com 'gaiola' de trilha em bairro residencial, no Paraná Réus na Justiça: Três ex-militares são acusados de estuprar duas adolescentes e ameaçá-las para não serem denunciados, no Paraná Hospital do Paraná vai receber equipamento de radioterapia inédito na América do Sul Reprodução/RPC Vídeos mais assistidos do g1 Paraná: Leia mais notícias no g1 Paraná
Wed, 22 Oct 2025 07:01:32 -0000
Obra de bunker que abrigará radioterapia da Santa Casa avança em Ponta Grossa O hospital Santa Casa de Ponta Grossa, nos Campos Gerais do Paraná, está construindo um bunker para abrigar um equipamento radioativo usado no tratamento de câncer. Segundo a instituição, o modelo adquirido para o local é inédito na América do Sul. O acelerador linear tem inteligência artificial (IA) embarcada e fornece doses de radiação diretamente no tumor, preservando tecidos saudáveis ao redor. Para conter a radiação emitida pelo equipamento, as paredes do bunker possuem até 2,20 metros de espessura. Por isso, mais de 95 viagens de caminhão foram feitas para levar quase 800 metros cúbicos de concreto para a obra. Para evitar a retração do material; ou seja, a diminuição do seu volume devido à eliminação de água, quase 30 toneladas de gelo foram usadas para evitar a elevação de temperaturas durante a concretagem. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Ponta Grossa no WhatsApp O bunker faz parte de uma obra que está transformando a estrutura do antigo Hospital Evangélico de Ponta Grossa, fechado desde 2016, em um centro de referência em oncologia. Bunker está sendo construído em hospital de Ponta Grossa Valdecir Galvan/RPC A obra começou em abril deste ano e deve ser entregue até março de 2026. O projeto total ultrapassa R$ 20 milhões, provenientes de recursos da Itaipu Binacional, do Governo do Estado e de emendas parlamentares. A construção está avaliada em R$ 8,4 milhões e o equipamento radioativo, em R$ 12 milhões. Com a nova estrutura, a capacidade de atendimento oncológico em Ponta Grossa deve dobrar. De acordo com a equipe da Santa Casa, a nova unidade terá capacidade para mais de sete mil consultas e mais de dois mil procedimentos por mês em pacientes de 28 cidades da região. Leia também: Entenda: Morte de capivara é investigada pela polícia no PR: animal ficou popular em cidade após aparecer em local desabitado pela espécie Capotamento: Mulher tem parte da mão amputada em acidente com 'gaiola' de trilha em bairro residencial, no Paraná Réus na Justiça: Três ex-militares são acusados de estuprar duas adolescentes e ameaçá-las para não serem denunciados, no Paraná Hospital do Paraná vai receber equipamento de radioterapia inédito na América do Sul Reprodução/RPC Vídeos mais assistidos do g1 Paraná: Leia mais notícias no g1 Paraná
Wed, 22 Oct 2025 07:01:32 -0000
'Foi um ano de preparação muito intenso', diz padeiro de panetone brasileiro eleito o 2º melhor do mundo
Equipe com padeiro cearense conquista título de segundo melhor chocotone do mundo. Na receita vai baunilha, chocolate amargo, farinha de amêndoas e avelã. O preparo pode levar até três dias. Mas o sabor conquista na hora: no último fim de semana, o panetone de uma equipe brasileira, composta pelo cearense Brunno Malheiros e outros três padeiros, foi eleito o segundo melhor do mundo na categoria panetones de chocolate do concurso Panettone World Championship, realizado na Itália. A competição foi criada em 2019 em Milão, cidade italiana onde se acredita que a receita de panetone foi criada, há mais de 600 anos. Foi neste ponto especial que o pão feito por mãos brasileiras conquistou sua posição entre os melhores. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Ceará no WhatsApp "Eu estou meio que sem acreditar", disse ao g1 Brunno Malheiros, padeiro e proprietário da padaria artesanal Cheiro do Pão, em Fortaleza. "É assim uma alegria, uma sensação de dever cumprido e de que estamos no caminho certo muito grande. Voltei para casa, o troféu está aqui comigo, a coisa mais linda. Eu sempre tinha feito participações internacionais, trazia medalha, mas nunca trazia um troféu. E esse ano conseguimos trazer um troféu", diz o padeiro. O evento reuniu 42 confeiteiros de 12 países do mundo, da Europa ao Japão e passando pelo Brasil, que hoje é o maior produtor mundial de panetone. O formato da competição foi em equipe. Além de Bruno, a equipe brasileira foi composta por Joze Nilson Diniz (SP), Matheus Andrade (RN) e Déborah Zanzini (SP). Brunno Malheiros (CE), Matheus Andrade (RN), Déborah Zanzini (SP) e Joze Nilson Diniz (SP) conquistaram prêmio no Panettone World Championship 2025 Arquivo pessoal Os competidores precisaram conseguir patrocinadores para financiar a participação no concurso, a compra dos insumos e os meses de preparo. Pelo regulamento, os participantes precisavam entregar itens para todas as nove categorias distintas do evento, como as de panetones clássicos (com frutas). Além disso, as receitas precisavam ser preparadas lá no local, em tempo real. "Esse é o único campeonato onde toda essa produção é feita no local. Então, a gente tem dois dias de trabalho, o centro técnico abre às seis da manhã. São dois dias, de seis da manhã até a meia-noite, para entregar toda essa produção. Cada um, cada país, tem o seu box, como se fosse Fórmula 1. Existem ferramentas, utensílios e maquinários de trabalho que são comuns para todos", explica Brunno. Tipos de panetone Além do panetone de chocolate que levou a prata da categoria, a equipe ainda entregou uma receita de panetones clássicos - que conquistaram a quarta colocação na categoria de clássicos - e panetones "inovativos", que precisavam conter algum elemento da culinária local. No caso da equipe brasileira, foi um panetone de doce de leite com maracujá. "Foi um ano de preparação muito intenso, consome tempo e agenda absurdos para treinamento, para teste de receita, é uma competição que tem um regulamento muito extenso. Então, são muitos requisitos, muitos detalhes, a gente tinha uma lista de produtos muito grande para entregar", detalha. Para o chocotone premiado, Brunno e seus colegas de equipe apostaram em uma receita que preservasse a maciez da massa e equilibrasse o doce do chocolate ao leite com o amargo natural do cacau. A casca crocante traz as notas de avelã e amêndoas. No recheio, as lascas de chocolate. Panetone de chocolate do Brasil foi eleito o segundo melhor do mundo em competição na Itália Arquivo pessoal "Quando a gente vai para a receita de fato, ingredientes, o grande desafio do chocotone é trabalhar o cacau na massa. O cacau é um insumo que ele, por natureza, tende a ressecar o panetone. E a grande briga do padeiro é fazer com que o panetone tenha umidade, tenha maciez", explicou. "A gente trabalhou com uma espécie de emulsão de cacau, fava de baunilha, creme de leite, que dá uma umidade. O panetone, a textura do panetone, eu sempre falo que parece um mousse, sabe? Ele desfia, mas é como se o panetone ficasse cremoso. E no recheio dele, a gente fez um balanço de chocolate 70% e chocolate ao leite. Então, ele tem uma pegada um pouco mais amarga e não tão doce", afirma. Ao fim do concurso, o panetone brasileiro conquistou o segundo lugar na categoria. O prêmio, aliás, não é o primeiro do padeiro de 33 anos, que começou atuar na área da panificação em 2017. Ele abriu o próprio negócio em 2020. Já em 2022 e 2023, o panetone clássico (de frutas) de Brunno foi eleito o melhor do Brasil na Coppa del Mondo del Panetonne, um dos concursos mais importantes da área. Apesar dos prêmios e reconhecimentos recentes, o cearense contou que ao g1 que o gosto dele pelo pão vem bem de antes. "Eu sou neto de dono de padaria. Eu cresci vendo padaria, cresci tendo a oportunidade de andar no meio de produção de padaria. Sempre fui encantado com isso, sempre fui apaixonado pelo, acho que mais do que comer pão, eu gosto muito de estar no meio do fazer pão. Para mim sempre foi encantador você pegar farinha, misturar com água, um pouco de fermento, um pouco de sal, e você tem um produto maravilhoso que você é capaz de se alimentar para o resto da vida disso", conta. Cearense Brunno Malheiros desenvolveu, com colegas, receita de chocotone eleito como o segundo melhor do mundo Arquivo pessoal Assista aos vídeos mais vistos do Ceará
Wed, 22 Oct 2025 07:01:27 -0000
Equipe com padeiro cearense conquista título de segundo melhor chocotone do mundo. Na receita vai baunilha, chocolate amargo, farinha de amêndoas e avelã. O preparo pode levar até três dias. Mas o sabor conquista na hora: no último fim de semana, o panetone de uma equipe brasileira, composta pelo cearense Brunno Malheiros e outros três padeiros, foi eleito o segundo melhor do mundo na categoria panetones de chocolate do concurso Panettone World Championship, realizado na Itália. A competição foi criada em 2019 em Milão, cidade italiana onde se acredita que a receita de panetone foi criada, há mais de 600 anos. Foi neste ponto especial que o pão feito por mãos brasileiras conquistou sua posição entre os melhores. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Ceará no WhatsApp "Eu estou meio que sem acreditar", disse ao g1 Brunno Malheiros, padeiro e proprietário da padaria artesanal Cheiro do Pão, em Fortaleza. "É assim uma alegria, uma sensação de dever cumprido e de que estamos no caminho certo muito grande. Voltei para casa, o troféu está aqui comigo, a coisa mais linda. Eu sempre tinha feito participações internacionais, trazia medalha, mas nunca trazia um troféu. E esse ano conseguimos trazer um troféu", diz o padeiro. O evento reuniu 42 confeiteiros de 12 países do mundo, da Europa ao Japão e passando pelo Brasil, que hoje é o maior produtor mundial de panetone. O formato da competição foi em equipe. Além de Bruno, a equipe brasileira foi composta por Joze Nilson Diniz (SP), Matheus Andrade (RN) e Déborah Zanzini (SP). Brunno Malheiros (CE), Matheus Andrade (RN), Déborah Zanzini (SP) e Joze Nilson Diniz (SP) conquistaram prêmio no Panettone World Championship 2025 Arquivo pessoal Os competidores precisaram conseguir patrocinadores para financiar a participação no concurso, a compra dos insumos e os meses de preparo. Pelo regulamento, os participantes precisavam entregar itens para todas as nove categorias distintas do evento, como as de panetones clássicos (com frutas). Além disso, as receitas precisavam ser preparadas lá no local, em tempo real. "Esse é o único campeonato onde toda essa produção é feita no local. Então, a gente tem dois dias de trabalho, o centro técnico abre às seis da manhã. São dois dias, de seis da manhã até a meia-noite, para entregar toda essa produção. Cada um, cada país, tem o seu box, como se fosse Fórmula 1. Existem ferramentas, utensílios e maquinários de trabalho que são comuns para todos", explica Brunno. Tipos de panetone Além do panetone de chocolate que levou a prata da categoria, a equipe ainda entregou uma receita de panetones clássicos - que conquistaram a quarta colocação na categoria de clássicos - e panetones "inovativos", que precisavam conter algum elemento da culinária local. No caso da equipe brasileira, foi um panetone de doce de leite com maracujá. "Foi um ano de preparação muito intenso, consome tempo e agenda absurdos para treinamento, para teste de receita, é uma competição que tem um regulamento muito extenso. Então, são muitos requisitos, muitos detalhes, a gente tinha uma lista de produtos muito grande para entregar", detalha. Para o chocotone premiado, Brunno e seus colegas de equipe apostaram em uma receita que preservasse a maciez da massa e equilibrasse o doce do chocolate ao leite com o amargo natural do cacau. A casca crocante traz as notas de avelã e amêndoas. No recheio, as lascas de chocolate. Panetone de chocolate do Brasil foi eleito o segundo melhor do mundo em competição na Itália Arquivo pessoal "Quando a gente vai para a receita de fato, ingredientes, o grande desafio do chocotone é trabalhar o cacau na massa. O cacau é um insumo que ele, por natureza, tende a ressecar o panetone. E a grande briga do padeiro é fazer com que o panetone tenha umidade, tenha maciez", explicou. "A gente trabalhou com uma espécie de emulsão de cacau, fava de baunilha, creme de leite, que dá uma umidade. O panetone, a textura do panetone, eu sempre falo que parece um mousse, sabe? Ele desfia, mas é como se o panetone ficasse cremoso. E no recheio dele, a gente fez um balanço de chocolate 70% e chocolate ao leite. Então, ele tem uma pegada um pouco mais amarga e não tão doce", afirma. Ao fim do concurso, o panetone brasileiro conquistou o segundo lugar na categoria. O prêmio, aliás, não é o primeiro do padeiro de 33 anos, que começou atuar na área da panificação em 2017. Ele abriu o próprio negócio em 2020. Já em 2022 e 2023, o panetone clássico (de frutas) de Brunno foi eleito o melhor do Brasil na Coppa del Mondo del Panetonne, um dos concursos mais importantes da área. Apesar dos prêmios e reconhecimentos recentes, o cearense contou que ao g1 que o gosto dele pelo pão vem bem de antes. "Eu sou neto de dono de padaria. Eu cresci vendo padaria, cresci tendo a oportunidade de andar no meio de produção de padaria. Sempre fui encantado com isso, sempre fui apaixonado pelo, acho que mais do que comer pão, eu gosto muito de estar no meio do fazer pão. Para mim sempre foi encantador você pegar farinha, misturar com água, um pouco de fermento, um pouco de sal, e você tem um produto maravilhoso que você é capaz de se alimentar para o resto da vida disso", conta. Cearense Brunno Malheiros desenvolveu, com colegas, receita de chocotone eleito como o segundo melhor do mundo Arquivo pessoal Assista aos vídeos mais vistos do Ceará
Wed, 22 Oct 2025 07:01:27 -0000